Caos no trânsito? Greve sem serviços mínimos, comboios páram 14 dias

ZAP

Paralisação começa já amanhã, quarta-feira, e afinal as perturbações vão prolongar-se por 14 dias seguidos.

A CP – Comboios de Portugal tinha avisado na semana passada que há greves convocadas por vários sindicatos.

As paralisações foram convocadas pelos Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ), Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF) e Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI).

Por isso, a empresa previa “fortes perturbações” na circulação, entre 8 e 17 de fevereiro, em todos os serviços.

Nesta segunda-feira a informação foi actualizada: o Tribunal Arbitral não decretou serviços mínimos e, afinal, haverá comboios atrasados ou cancelados até ao dia 21 de Fevereiro.

A greve começa amanhã, quarta-feira, e haverá problemas na circulação durante 14 dias consecutivos.

Prevêem-se problemas acentuados no trânsito rodoviário em diversas cidades, como Braga, Porto, Aveiro, Coimbra ou Lisboa, entre outras; e uma sobrelotação noutros transportes públicos.

Os clientes que já tenham bilhetes para comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Internacional, Interregional e Regional podem pedir o reembolso total, ou a revalidação gratuita para outro comboio da mesma categoria e na mesma classe.

Governo disponível

Os sindicatos querem salários mais elevados; consideram que tem havido falta de resposta às propostas de valorização salarial. Para os sindicatos, as propostas entregues “ficam muito aquém” dos valores necessários para que seja reposto o poder de compra dos trabalhadores.

Entretanto, João Galamba, ministro das infra-estruturas, assegurou que o Governo tem “toda a disponibilidade” para reunir com os sindicatos e tentar evitar estas greves.

“Há sempre toda a disponibilidade da parte do Governo para reunir e resolver os problemas que vai enfrentando. É sempre do interesse de todas as partes que, se as greves puderem ser evitadas, elas devem ser evitadas. Trabalharemos sempre no sentido de evitar greves”, assegurou.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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