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Gretchen Whitmer não era a única. Grupo também ia raptar governador da Virginia e outros democratas

Craig / Wikimedia

Ralph Northam, governador da Virginia

A governadora do estado norte-americano do Michigan, Gretchen Whitmer, não foi o único alvo de uma tentativa de sequestro. O FBI revela que Ralph Northam, governador da Virginia, também era visado.

De acordo com o jornal norte-americano The New York Times, que cita um agente especial do FBI, além da governadora do Michigan, Gretchen Whitmer, um grupo planeava também raptar o governador da Virginia, Ralph Northam, e outros democratas.

Segundo o mesmo jornal, estes responsáveis foram visados devido às restrições impostas para conter a propagação da pandemia de covid-19 nos Estados Unidos.

Um tribunal federal acusou seis pessoas de conspiração para o sequestro da governadora por causa do que classificaram como “o poder incontrolável” de Whitmer. Outros sete elementos de um grupo paramilitar, denominado Wolverine Watchmen, foram detidos por alegadamente planearem “uma guerra civil” e a conquista do Michigan.

Os dois grupos treinaram juntos e planearam “vários atos de violência”.

O FBI soube no início de 2020, através das redes sociais, que uma milícia estava “a discutir o derrube violento de certas componentes do governo e das forças de segurança”, e “concordou em tomar medidas violentas”.

O FBI conseguiu infiltrar-se no grupo, com informadores a registar muitas das suas discussões. As autoridades acrescentam que este plano foi interrompido devido ao trabalho de agentes infiltrados e informadores.

Na semana passada, a senadora democrata Gretchen Whitmer considerou que a tentativa de sequestro poderá ter sido indiretamente influenciada por Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos.

Whitmer disse que o chefe de Estado norte-americano passou os últimos sete meses da pandemia da doença provocada pelo novo coronavírus “a negar a ciência, a ignorar os seus próprios especialistas de saúde, acumulando desconfiança, fomentando a raiva e a dar conforto aos que propagam medo e ódio e divisão”.

“Os grupos de ódio ouviram as palavras do Presidente não como uma reprimenda, mas como um grito de guerra. Quando os nossos líderes falam, as suas palavras importam. Carregam um peso. Quando os nossos líderes se encontram, encorajam ou confraternizam com terroristas domésticos, legitimam as suas ações e são complacentes”, disse a senadora do Michigan.

Em entrevista à ABC News, Whitmer afirmou ainda que Trump está a “criar uma situação muito perigosa”. “De cada vez que ele faz uma publicação sobre mim no Twitter, de cada vez que ele diz que o Michigan deve ser libertado e que eu deveria negociar com as pessoas que tentaram raptar-me porque elas são ‘boas’, está a incitar ainda mais o terrorismo no país”.

ZAP //

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