A polícia de Veneza está a investigar a origem do líquido verde fosforescente que apareceu este domingo no Grande Canal da cidade, entre especulações de que terá sido causado por manifestantes contra o clima.
Veneza acordou diferente este domingo. O Grande Canal amanheceu com uma tonalidade verde esmeralda que está a intrigar todos os que por lá passam.
A situação já está a ser investigada pela polícia local e pela Agência Regional para a Prevenção e Proteção Ambiental da região do Veneto.
Centenas de pessoas juntaram-se na ponte de Rialto para testemunhar ao vivo o cenário. Segundo Luca Zaia, presidente da região de Veneto, o alerta foi dado pela própria população local.
“O presidente da Câmara convocou uma reunião urgente com as forças policiais para investigar a origem do líquido”, anunciou, no Twitter.
🟢🟢🟢 Stamattina nel #CanalGrande di #Venezia è apparsa una chiazza di liquido verde fosforescente, segnalata da alcuni residenti all’altezza del Ponte di Rialto.
Il prefetto ha convocato una riunione urgente con le forze di polizia per approfondire l’origine del liquido. pic.twitter.com/te0JVCfodQ— Luca Zaia (@zaiapresidente) May 28, 2023
Ao The Guardian, os bombeiros italianos disseram que estavam a colaborar com a Agência Regional para a Prevenção e Proteção Ambiental na recolha de amostras para análise.
A imprensa local aponta uma eventual ação de protesto levada a cabo por ativistas do clima, ainda que os resultados da análise ainda não sejam conhecidos. Até ao final da tarde deste domingo, nenhuma organização tinha feito qualquer reivindicação.
Esta não é a primeira vez que o Grande Canal é pintado de verde. Em 1968, o artista argentino Nicolás Garcia Uriburu tingiu as águas de verde com um corante fluorescente durante a 34ª Bienal de Veneza, numa ação de sensibilização ecológica.
Uriburu usou fluoresceína, um corante orgânico e ecologicamente inofensivo desenvolvido pela NASA. Durante o dia, as águas do Grande Canal mantiveram-se verdes, mas voltaram ao normal assim que a maré baixou.