Llei de amnistia dos independentistas catalães foi travada pelo próprio partido de Puidgemont. A “novela” continua.
A aprovação da lei de amnistia dos independentistas catalães foi travada, nesta terça-feira, no plenário dos deputados de Espanha pelo partido separatista do ex-presidente do governo regional catalão, Carles Puigdemont, que seria um dos principais beneficiários da medida.
A lei teve 171 votos a favor e 179 contra, mas não foi chumbada em definitivo, voltando agora à comissão de justiça, onde poderão ser introduzidas alterações ao texto.
Entre os 179 votos contra estiveram sete do grupo parlamentar do Juntos pela Catalunha (JxCat), de Carles Puigdemont, que vive na Bélgica desde 2017 para fugir à justiça espanhola após ter protagonizado uma declaração unilateral de independência da Catalunha naquele ano.
O JxCat votou ao lado dos partidos da direita, que se opõem à amnistia, por não concordar com a versão da lei que foi a votos e querer introduzir-lhe alterações que ampliem o âmbito de aplicação, dando mais garantias de que Puigdemont e outros líderes separatistas serão amnistiados.
A amnistia foi uma exigência dos partidos independentistas da Catalunha para viabilizarem o último Governo do socialista Pedro Sánchez, em novembro do ano passado.
“Cada voto é um calvário”
O Partido Popular de Espanha disse que a votação da amnistia dos independentistas catalães foi uma humilhação do Governo do socialista Pedro Sánchez e que o executivo depende já de “respiração assistida”.
“É difícil uma humilhação maior”, disse o dirigente do PP Miguel Tellado, depois de a aprovação da amnistia pelo parlamento de Espanha ter sido travada pelo partido independentista catalão Juntos pela Catalunha (JxCat), que negociou a lei com os socialistas, mas recusou agora viabilizar a versão que foi a votos, para negociar mais alterações ao texto.
Antes, durante o debate no plenário dos deputados, o líder do PP, o partido com mais assentos no parlamento e que lidera a oposição em Espanha, tinha já falado numa “humilhação constante” do Governo de Pedro Sánchez, que depende de uma `geringonça` de oito formações políticas de esquerda, nacionalistas e independentistas para aprovar leis.
“Cada voto é um calvário”, disse Alberto Núñez Feijóo, que considerou que o governo espanhol, que tomou posse em novembro, vive já em “respiração assistida”.
Feijóo considerou também que a amnistia “chegará mais longe do que alguma vez se suspeitou”, depois da votação.
“Começou por ser corrupção, agora já acolhe terrorismo e, quem sabe, em breve, alta traição“, acrescentou.
ZAP // Lusa
É todos querem a cadeira do poder para sentar-se e não mais sair dela, no entanto se fizerem bosta….fogem a sete pés…só o povo é que não pode fugir.