GNR obrigados a almoçar com ministro. Famílias ficaram à porta

3

Nuno Veiga / Lusa

Eduardo Cabrita na cerimónia do compromisso de honra dos novos militares do 41.º curso de formação de guardas da GNR

Os 388 novos guardas da GNR foram obrigados a almoçar com o Ministro da Administração Interna, depois da cerimónia de compromisso de honra, obrigando os familiares a ter de ficar à espera no exterior.

Esta terça-feira, numa cerimónia de compromisso de honra dos 388 novos guardas da Guarda Nacional Republicana (GNR), aconteceu algo que a Associação dos Profissionais da Guarda (APG) considera caricato.

Em declarações à TSF, César Nogueira, o presidente da APG, explica que os guardas prestaram o compromisso de honra e foram impedidos de sair para almoçar com os seus familiares, contrariando a tradição deste dia.

“É um dia de festa e, por isso, depois, o normal é os guardas comemorarem ao almoço com os familiares. O que aconteceu foi que os instruendos tiveram de almoçar com o senhor ministro e com o staff da própria GNR e os familiares tiveram de aguardar cá fora”.

Segundo a APG, o almoço com o Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, tratou-se de uma estratégia mediática e, do lado das famílias, o sentimento foi de descontentamento e de exclusão.

“As famílias, por aquilo que nós acompanhamos, já estavam a demonstrar o seu descontentamento através das redes sociais. E os guardas também ficaram descontentes porque, no final, é normal quererem estar com a família”.

ZAP //

3 Comments

  1. Um ministro, bem ou mal, no regime que todos permitem vigente e eleito nesse modelo, representou nessa ceremónia militar o estado e consequentemente todos os portugueses.
    Seria aqui há bem poucos anos atrás, um orgulho para os recém formandos e para as próprias famílias ter os seus “meninos”,(já explico) a almoçar com tão destacada entidade do estado, que com certeza para lá estar, estaria também o Comandante Geral da GNR, 2Comandante, Comandante da escola, etc…
    Mas não, ou os “meninos”, ou as famílias ou ambos, o que acho mais viável, não querem aceitar que o que estava a acontecer era uma cerimónia militar e o almoço também faz parte desse evento. Se os meninos tivessem ido todos à tropa, já ninguém se surpreendia do que se reveste uma cerimónia militar. As famílias convivem quando for a festa de Natal, tenham calma… Respeitinho com a Guarda meninos e não deixem as famílias fazerem as vossas escalas.

  2. No dia de Juramento de Bandeira os militares saiam, logo que a cerimónia militar acabava iam almoçar confraternizar com familiares, fosse na restauração ou em pik-nik, agora tudo é muito complexo com a gerência de imagem “neste estado a que chegámos” !

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.