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Gigante das criptomoedas perto da ruína. CEO perdeu 94% da fortuna num dia

// CNN Business

Sam Bankman-Fried

A FTX Internacional, uma das maiores bolsas de criptomoedas do mundo, está a enfrentar uma crise de liquidez, depois de uma fuga de clientes em massa.

A empresa viu-se obrigada a pedir ajuda à rival Binance e suspendeu temporariamente os levantamentos de clientes para travar o agravar da situação.

“A FTX International tem atualmente um valor total de mercado de ativos e colaterais que é superior aos depósitos de clientes”, disse o fundador e CEO da FTX, Sam Bankman-Fried, através das redes sociais.

O Financial Times avança que a FTX precisa de 7,8 mil milhões de euros para resolver a situação. Apesar disso, Bankman-Fried garante que o dinheiro dos clientes está seguro e pede encarecidamente desculpas pelo inconveniente.

O colapso da plataforma levou as autoridades dos EUA a investigar a empresa por violações potenciais das regulamentações dos títulos e os analistas a anteciparem mais problemas para este mercado.

A FTX tinha concordado no início desta semana em ser vendida à rival Binance depois de ter experimentado uma corrida o equivalente a um bank run (corrida aos depósitos de um banco pelos seus clientes preocupados com o futuro da instituição).

No caso, os clientes saíram da plataforma depois de ficarem preocupados com a possibilidade de esta estar descapitalizada.

Uma pessoa conhecedora do assunto adiantou que o Departamento de Justiça e a reguladora da bolsa (SEC, na sigla em Inglês) estão a examinar a FTX para determinar se existiu atividade criminosa ou ofensas às regras do mercado de capitais.

CEO perdeu 97% da fortuna

Sam Bankman-Fried, que chegou a ser um dos jovens mais ricos do mundo, e que prometeu doar 99% da sua fortuna à caridade, viu a sua fortuna cair estrondosamente.

O jovem de 30 anos tinha uma fortuna avaliada em 16 mil milhões de dólares no início desta semana. Com a iminente ruína da FTX, Bankman-Fried tem agora uma fortuna avaliada em mil milhões de dólares — perdeu 94% da sua fortuna.

O norte-americano tem uma participação maioritária de 53%na empresa, que valia 6,2 mil milhões de dólares. Outros 7,4 mil milhões de dólares vinham da sua outra empresa de troca de criptomoedas, Alameda Research.

Daniel Costa, ZAP // Lusa

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