Geração Z pode condicionar os planos da China para a economia

A geração Z, composta por pessoas nascidas entre 1995 e 2010, representa atualmente uma grande fatia do mercado de trabalho na China. Contudo, apesar de ser a mais dotada das gerações, estima-se que há cerca de 15 milhões de jovens desempregados e a reduzir ambições.

De acordo com um artigo do Negócios publicado este sábado, o desemprego entre os jovens dos 16 aos 25 anos atingiu os 19,3% no país, cenário despoletado pelos despedimentos consequentes da pandemia e pela repressão regulatória sobre as empresas, que afetou o setor privado.

No país, em que há 12 milhões de jovens a entrar no mercado de trabalho, a geração Z prefere o setor público. Se a tendência continuar, o país se prepara para um período difícil, uma vez que o número de desempregados com menos de 25 anos corresponde a uma redução de 2% a 3% na mão-de-obra.

A economia chinesa neste momento necessita que mais pessoas “se tornem empreendedoras”, disse Zeng Xiangquan, responsável pelo instituto para a economia do trabalho, acrescentando que “expetativas baixas prejudicaram a utilização da força de trabalho jovem”.

Segundo a empresa de recrutamento 51job, em 2021, 39% dos licenciados colocaram empresas do Estado como as suas principais escolhas para empregador e 28% cargos governamentais.

Um inquérito realizado pela Zhilian em abril mostrou que as expetativas salariais dos licenciados caiu mais de 6% face a 2021.

Expectativas mais baixas, a par da fuga de talento do setor privado, podem levar a um menor crescimento da economia a longo prazo, colocando em causa o plano do Presidente chinês, que quer duplicar o rendimento per capita até 2035.

ZAP //

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