Cardeal George Pell condenado a seis anos de prisão por abuso sexual

Mazur / catholicchurch.org.uk

O cardeal George Pell

O cardeal George Pell, antigo número 3 do Vaticano, foi condenado a seis anos de prisão por ter abusado sexualmente de dois rapazes na década de 90.

O juiz Peter Kidd, do Tribunal de Comarca de Victoria, em Melbourne, ordenou que, pelo menos, três anos e oito meses de pena efetiva sejam cumpridos pelo cardeal. Só findo este período é que a liberdade condicional pode ser ponderada, de acordo com o jornal britânico The Guardian.

A notícia da condenação caiu na madrugada desta quarta-feira em Portugal, 13 de março, dia em que estava marcada a leitura da sentença e o dia em que faz seis anos que Papa Francisco foi eleito.

O tribunal, que apenas ouviu uma das vítimas, uma vez que a outra morreu em 2014, com 13 anos, vítima de overdose de heroína, considerou provado que o cardeal forçou os rapazes a atos indecentes. O juiz declarou que, para a sentença, teve em conta os “crimes hediondos” cometidos por Pell, mas também a sua idade avançada, 77 anos, e o facto de “ter levado uma vida irrepreensível”.

O cardeal George Pell, que enfrentava uma pena de prisão que podia chegar aos 50 anos, negou as acusações. Os advogados anunciaram logo após a leitura da sentença que vão recorrer da pena aplicada. O recurso será apreciado apenas em junho.

George Pell, que em 2014 foi nomeado pelo Papa Francisco para colocar as finanças do Vaticano em ordem, é culpado de ter abusado sexualmente de um rapaz de 13 anos e de, em quatro ocasiões, ter cometido “atos indecentes” com outro menor de 13 anos, numa catedral em Melbourne, na Austrália.

Estes episódios terão ocorrido entre dezembro de 1996 e o início de 1997 na Catedral de São Patrício, em Melbourne, meses após Pell ter sido nomeado arcebispo da cidade.

No final de fevereiro, o Tribunal de Melbourne ordenou a detenção do cardeal condenado pelo abuso sexual de dois menores. George Pell é o clérigo com o cargo mais elevado de sempre no Vaticano a ser condenado pelo abuso sexual de menores.

ZAP // Lusa

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