Ronen Horesh / Knesset Archives / CC BY-SA 4.0

Amichai Eliyahu, ministro do Património de Israel
Depois de ter sugerido o uso de uma bomba atómica em Gaza, o ministro do Património afirmou esta quinta-feira que Israel está deliberadamente a matar palestinianos e que o território será controlado pelos judeus.
O ministro do Património, Amichay Eliyahu, do partido de extrema-direita Otzma Yehudit, afirmou esta quinta-feira que Gaza deve ser “varrida do mapa” e transformada num território exclusivamente judaico.
“O governo está a correr para que Gaza seja exterminada”, disse Eliyahu, numa entrevista à rádio Haredi Kol Barama, acrescentando que Israel quer “matar estes monstros”. “Graças a Deus, estamos a eliminar este mal. Estamos a empurrar esta população que foi educada com o ‘Mein Kampf’.”
O ministro afirmou ainda que a Faixa de Gaza será preparada para colonatos judaicos e que não haverá “guetos cercados”. “Toda Gaza será dos judeus”, sublinhou, admitindo apenas a permanência de árabes “leais a Israel”.
Eliyahu negou também que exista fome em Gaza, acusando os relatos de serem parte de uma campanha contra Israel. “Não há fome em Gaza. E não temos de nos preocupar com isso. O mundo que se preocupe.”
Netanyahu só se pronunciou sobre os comentários de Eliyahu já depois da meia-noite, através de um comunicado na rede X, onde afirma que o ministro “não fala pelo governo que lidero” e que não integra o gabinete de segurança responsável pela condução da guerra. No entanto, não anunciou qualquer medida disciplinar.
Eliyahu tem um histórico de declarações polémicas. Em maio, defendeu bombardear reservas de comida e combustível em Gaza para provocar fome na população. Em novembro de 2023, sugeriu que uma bomba nuclear sobre Gaza era “uma opção”, o que motivou a inclusão das suas palavras no processo movido pela África do Sul contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça por genocídio.
Alimentos estão a apodrecer
As declarações surgem num momento em que Israel enfrenta crescentes críticas internacionais devido à grave crise humanitária no enclave. Organizações humanitárias e líderes mundiais alertam para a propagação da fome, já que matou pelo menos 113 palestinianos, sendo 81 menores. Os dados mais recentes dos Médicos Sem Fronteiras reportam que um quarto das crianças dos seis meses aos cinco anos sofrem de subnutrição em Gaza e a organização afirma que os seus próprios profissionais estão a passar fome.
Esta quinta-feira, alguns dos maiores meios de comunicação do mundo, incluindo a BBC News, Agence France-Presse (AFP), a Associated Press e a Reuters emitiram um comunicado conjunto a expressar preocupação com a situação dos seus jornalistas em Gaza.
Os jornalistas estrangeiros estão impedidos por Israel de entrar na Faixa de Gaza, sendo os jornalistas palestinianos os únicos que podem reportar diretamente do território. “Estamos desesperadamente preocupados com os nossos jornalistas em Gaza, que estão cada vez mais impossibilitados de se alimentar a si mesmos e às suas famílias”, lê-se no comunicado.
Esta quinta-feira, várias organizações humanitárias alertaram ainda para o apodrecimento de caixotes com ajuda humanitária suficientes para encher 1000 camiões à porta do território que não estão a ser distribuídos.
De acordo com a EFE, sob o sol escaldante do verão caixas de alimentos estão a apodrecer ao ar livre na passagem fronteiriça de Kerem Shalom, que dá acesso à Faixa de Gaza.
Aves de rapina sobrevoam as caixas de ajuda humanitária que deveriam ser distribuídas aos residentes de Gaza que sofrem de uma fome sem precedentes. Sem qualquer cobertura nem refrigeração, encontram-se empilhados na área sacos de farinha rasgados, garrafas de óleo expostas ao sol, pacotes de massa cobertos de bolor e caixas de sumo furadas. Alguns ostentam os selos de agências da ONU, como a UNICEF e o Programa Alimentar Mundial, bem como de ONG como a World Central Kitchen.
Os níveis de subnutrição em Gaza agravaram-se em março com o encerramento total dos pontos de acesso, durante o qual não foi permitida a entrada de alimentos, medicamentos e combustível.
Embora Israel tenha reaberto parcialmente as travessias no final de maio, o fluxo de ajuda continua a ser muito limitado e a sua distribuição em Gaza mantém-se de alto risco. Além disso, de acordo com fontes médicas no enclave, mais de mil residentes de Gaza foram mortos por disparos do exército israelita perto de pontos ou rotas de distribuição de comida.
Uma investigação do jornal israelita Haaretz revelou em junho que os soldados têm ordens para disparar contra civis. “É um campo de extermínio. Onde eu estava alocado, entre uma e cinco pessoas eram mortas todos os dias. Eles são tratados como uma força hostil, sem medidas de controle de multidões, sem gás lacrimogéneo, apenas disparos reais com tudo o que se possa imaginar: metralhadoras pesadas, lançadores de granadas, morteiros”, afirmou um soldado ouvido pelo jornal.
“Abrimos fogo de manhã cedo se alguém tenta entrar na fila a algumas centenas de metros de distância, e às vezes simplesmente atacamos de perto. Mas não há perigo para as forças. Não tenho conhecimento de um único caso de fogo de retorno. Não há inimigo, nem armas”, refere.
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, informou que registou 59 587 mortos e 143 498 feridos desde os ataques de 7 de outubro de 2023. No entanto, há estudos que apontam que o verdadeiro número de mortos pode ser muito maior — uma investigação publicada há cerca de um mês estima que já tenham morrido 84 mil pessoas em Gaza desde 2023, com 75 200 a morrer diretamente devido a ataques israelitas e mais 8540 pessoas a perder a vida devido à fome, doenças e ao colapso dos sistemas de saúde.
Adriana Peixoto, ZAP // Lusa
Veremos se terás toamtes para repetir isso no Tribunal Penal Internacional de Haia.
Infelizmente o TPI de Haia é uma fantochada comparável à ONU. Ninguém os respeita nem lhes dá credibilidade :((
Como podemos ver, há monstros ainda piores que o Bibi, cujos pais escaparam ao extermínio nazi. É muito triste, repugnante mesmo, que gente que escapou ao terrível Holocausto (sim, ele existiu mesmo e foi vergonhoso) traga dentro de si o mesmo ódio e preconceito daqueles que há quase cem anos os quiseram eliminar. Parece que se querem vingar nos vizinhos do mal que lhes aconteceu no passado. São bárbaros destes que fomentam o ódio e o terrorismo árabe – que tenho a certeza que vai perdurar muito para lá depois das suas vidas se extinguirem.
Como é que um povo que foi perseguido como foi o povo judeu aceita fazer o mesmo a outro povo? Os sobreviventes do Holocausto e seus descendentes devem ter vergonha dos seus dirigentes atuais.
Matar Crianças a fome , é un acto de heroísmo para este “Animal” . Hamas e A extrema -direita Israelita , tudo boas gentes !
Pena que o outro monstro não os tivesse exterminado se calhar tinha alguma razão.
Assim esta guerra, entre outras, não existia…
Hitler ao lado deste indivíduo até parece que foi um santinho!…
LUGAR DE TERRORISTAS E SEUS APOIADORES É NO INFERNO.
E O DEMÔNIO PERSA TEM SER COZIDO À BASE DE NUCLEAR.
A LISTA DE BENEFÍCIOS PROPORCIONADOS POR ISRAEL,EM MENOS DE 100 ANOS É LONGA.
JÁ ESSA DESGRAÇA DE BODES FEDORENTOS RADICAIS SÓ TROUXERAM TUDO O QUE NUNCA PRESTOU NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
O que vale é que há sempre um desbocado que acaba por dizer o que os outros não dizem mas pensam. Espero vê-los a todos em Haia.
Depois do Genocídio ns Palestina nunca mais vou olhar para um judeu da mesma maneira, chamem-me antisemita.
Monstros são os israelitas judeus do pior que pode haver ao de cima da terra