“Ela não gritou”. A frase que tornou Christian Brueckner no suspeito do caso Maddie

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Madeleine McCann, conhecida como ‘Maddie’, desapareceu na Praia da Luz, no Algarve, a 3 de maio de 2007

Christian Brueckner, o principal suspeito no caso do desaparecimento de Maddie McCann, está decidido em “limpar” o seu nome e tem escrito várias cartas, onde faz acusações à polícia alemã. Numa delas revela que se tornou na figura central da investigação por causa de uma frase que garante não ter dito.

O alemão que está a cumprir uma pena de prisão por violação revela que foi denunciado à polícia por um informador com base numa conversa que nunca aconteceu. Esta alegação é feita por Christian Brueckner numa carta a que o jornal inglês Daily Mail teve acesso.

“Ela não gritou”. Terá sido esta a frase que serviu de base à investigação da polícia alemã que transformou Bruckner no principal suspeito do desaparecimento de Maddie.

Em causa está um depoimento feito pelo informador Helge Busching que contactou a polícia alemã em 2017, quando estava a cumprir pena de prisão por tráfico de pessoas na Grécia.

Busching e Bruckner tinham sido amigos em Portugal, nos anos de 2000, mas ter-se-ão desentendido devido a um negócio de droga que correu mal, precisamente no ano em que Maddie desapareceu, em 2007.

Bruckner acusa, agora, o ex-amigo de ser o culpado pelo “ódio” e pela “caça pública” contra si que diz ter sido levada a cabo pela polícia alemã.

O informador contou à polícia que, quando estava com Bruckner num festival hippie em Espanha, em 2008, este último “fez um comentário sobre a rapariga desaparecida”. Busching diz que notou que “é estranho que ela tenha desaparecido sem deixar vestígios”. “Sim, ela não gritou“, terá dito Bruckner.

Ora, Bruckner assegura que esta conversa não aconteceu e atira que o informador saiu da prisão “muito tempo antes” de cumprir a pena a que tinha sido condenado por tentar levar imigrantes, de forma ilegal, da Grécia para Itália.

Busching foi também questionado por elementos da Scotland Yard que dirigem a investigação ao desaparecimento de Maddie no Reino Unido.

O informador terá ainda dito à polícia que assaltou a casa de Brueckner no Algarve, em 2007, e que roubou uma câmara de vídeo, onde estariam guardadas imagens de violência sexual e tortura contra duas mulheres. Busching terá garantido ter reconhecido Bruckner nas filmagens.

Estas declarações foram fundamentais para condenar Bruckner no caso de violação de uma mulher de 73 anos no Algarve, pena que está agora a cumprir na Alemanha.

Mas a câmara de vídeo, e as tais imagens, nunca foram encontradas – o informador alega que a atirou a um lago.

Nas várias cartas que tem escrito, para tentar “limpar” o seu nome, Bruckner ataca a polícia alemã, alegando que o acusa sem provas, e critica a forma como tem sido tratado na prisão.

ZAP //

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