França entrou a ganhar no Grupo C. Os gauleses bateram a Austrália por 2-1, numa partida em que dominaram e atacaram mais, mas mostraram pouco futebol e deixaram mesmo o seu adversário causar-lhes alguns calafrios.
No final valeu um golo de Paul Pogba num lance esquisito e ficou a ideia de que os “socceroos” mereciam mais.
Jogo muito intenso nos primeiros oito minutos, com a França a entrar de rompante e a rematar quatro vezes, todas elas de forma enquadrada. Um sufoco grande para os australianos, que, não fosse o guarda-redes Mat Ryan a realizar quatro defesas, e ver-se-iam em desvantagem muito cedo.
A verdade é que a França não marcou neste período e a Austrália, aos poucos, foi tranquilizando o seu jogo. Os gauleses deixaram de ter espaços para atacar e criar perigo, e o pequeno Antoine Griezmann era presa fácil entre os fortes centrais contrários. A prova disso o facto de, entre os oito minutos e o intervalo, os comandados de Didier Deschamps só terem rematado uma vez, terminando a primeira metade com cinco disparos, quatro enquadrados. E nem a posse de bola mostrava grande domínio (55%). Ainda assim, devido ao desempenho nos primeiros minutos, o guarda-redes Mat Ryan era o melhor ao intervalo, com um rating de 6.4.
O reatamento trouxe mais do mesmo, França por cima, mas sem grande espaço. Porém, quando este surgiu, os “les bleus” beneficiaram de uma grande penalidade, a castigar falta de Josh Risdon sobre Griezmann. O árbitro consultou o VAR e apontou o castigo máximo, que o próprio avançado cobrou para o 1-0, aos 58 minutos. Jogo encaminhado para os franceses? Nem por isso. Logo a seguir, Samuel Umtiti colocou a mão na bola na grande área e Mile Jedinak (62′) empatou de grande penalidade. Finalmente emoção em Kazan.
Eis que, aos 70 minutos, Deschamps lançou Giroud para o lugar de… Griezmann. O jogador do Atlético de Madrid estava a ser o melhor em campo, pelo golo que marcara, pela falta que sofrera para o penálti, pelos cinco remates que realizara até então, três enquadrados, que lhe valiam um GoalPoint Rating de 6.9. Isto numa altura em que os gauleses tinha muito mais bola do que em qualquer outro momento do jogo, nada menos que 62%.
Porém, Paul Pobga fez o 2-1, aos 80 minutos, num lance fortuito em que o seu remate desviou em Aziz Behich, fez um chapéu a Ryan, bateu na barra e entrou. Um pouco “sem saber ler nem escrever”, os gauleses colocaram-se de novo em vantagem. A Austrália ainda tentou reagir, causou algum perigo, mas a França tinha o triunfo no bolso, que acabou por justificar pelos 55% de posse e pelos 13 remates, seis enquadrados, bem melhor que os “socceroos”. O melhor em campo acabou por ser Griezmann, apesar de substituídos aos 67 minutos.
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