Peter Foley, especialista em aviação que fez parte da equipa do Departamento de Segurança no Transporte da Austrália nas buscas pelo avião do voo MH370, disse que a chave para revelar o local onde caiu o Boeing 777 está no flaperon (parte da asa) do avião, que está na posse de investigadores franceses.
Em declarações ao Express, Foley afirma que o estado do flaperon (peça que regula o pouso e a descolagem) pode revelar muito. Por exemplo, se o piloto do avião tivesse tentado planar o Boeing para pará-lo numa tentativa de abandoná-lo. Se esse tivesse sido o caso, então os investigadores teriam que expandir a área de busca no Oceano Índico, já que o MH370 poderia ter caído mais longe.
O investigador disse que a equipa “viu algumas evidências [visuais] que mostram que [o flaperon] estava em estado de instalação”, acrescentando que uma prova tão importante permanecer em França “tem sido uma frustração para a investigação”.
O flaperon foi encontrado em 2015 numa praia da Ilha da Reunião, que pertence à França, e foi levado pela Gendarmerie of Air Transport (GTA), que justificou ter levado o objeto por haver quatro cidadãos franceses a bordo do voo MH370. Em 2018, a organização francesa adiantou que continua a investigar o desaparecimento do avião e que ainda não podia comentar o assunto.
O voo MH370 desapareceu dos radares em março de 2014 com 227 passageiros e 12 tripulantes a bordo, num trajeto entre Kuala Lumpur e Pequim. 40 minutos depois da descolagem, o avião desapareceu dos radares. As operações de busca, financiadas por governos de vários países, não surtiram resultados.
Até então, os especialistas não conseguiram localizar o local onde se deu o acidente do avião. As buscas foram abandonadas em 2018, apesar de vários pedaços de destroços que pertenceriam ao avião terem sido encontrados nas margens de ilhas do Oceano Índico.
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