As forças iraquianas entraram esta segunda-feira na cidade de Fallujah, bastião do grupo extremista Estado Islâmico no país, naquela que é a nova fase da operação para recuperar a cidade.
“As forças iraquianas entraram em Fallujah sob proteção aérea da coligação internacional, força aérea iraquiana e aviação do exército e com o apoio de artilharia e tanques”, disse o tenente-general Abdelwahab al-Saadi, encarregue da operação.
“Forças dos serviços de contraterrorismo, a polícia de Anbar e o exército iraquiano, pelas 4h (2h em Lisboa), começaram a entrar em Fallujah vindos de três direções diferentes”, disse.
“Há resistência do Daesh”, afirmou, referindo-se à sigla árabe do Estado Islâmico.
O envolvimento dos serviços de contraterrorismo marca o início de uma fase de combate urbano na cidade, localizada a poucos quilómetros de Bagdade, onde as forças norte-americanas enfrentaram, em 2004, as suas batalhas mais duras desde a Guerra do Vietname.
Apenas algumas centenas de famílias conseguiram fugir de Fallujah antes da operação, estimando-se que 50 mil civis estejam na cidade, o que gera receios de que os extremistas os usem como escudos humanos.
As autoridades estimam que a maioria dos combatentes do Estado Islâmico tenha já desertado de Fallujah.
Rajaa Al-Essaoui, membro do conselho provincial de Ambar, explica ao diário Le Monde que na cidade estarão entre 500 e 700 jihadistas, oriundos de diferentes cidades iraquianas e de países vizinhos.
A reconquista de Fallujah seria muito simbólica, uma vez que foi a primeira cidade a cair sob o controlo do Daesh em janeiro de 2014.
ZAP / Lusa
Mudaram as moscas !