As focas de outros tempos usavam os bigodes para procurar comida

Cérebros fósseis fornecem evidências de alimentação subaquática em focas primitivas.

As focas primitivas utilizavam o bigode para se alimentarem dentro de água.

Um estudo publicado na semana passada analisou cérebros fósseis, que fornecem evidências de alimentação subaquática em focas primitivas.

Foi analisada a cavidade cerebral de um parente das focas de hoje – mas que esteve na Terra há cerca de 23 milhões de anos.

As descobertas deixam novas pistas sobre como as focas antigas passaram da vida na terra para a água.

A espécie analisada foi a Potamotherium valletoni, que até significa “besta do rio”. Viveu numa Europa mais quente e húmida do que a actual, lembra a revista Cosmos.

Os cientistas compararam a estrutura cerebral da Potamotherium com a de seis mamíferos carnívoros extintos e com 31 espécies vivas.

A região do cérebro relacionada com informações sensoriais – pressão, dor e calor – é maior do que o dos mamíferos terrestres antigos e vivos que usam os seus membros anteriores para se alimentarem.

Mas é menor do que os antigos parentes das focas e mamíferos semiaquáticos, que usam predominantemente os seus bigodes para explorar debaixo de água.

Este estudo revela que a Potamotherium usava os seus bigodes e membros anteriores juntos ao forragear, ao procurar recursos alimentares na natureza.

A transição dos membros anteriores para o uso de sensações tácteis dos bigodes pode ter sido crítica na passagem de pinípedes antigos de criaturas terrestres para a água.

Os autores do estudo acreditam que o aumento do desempenho táctil dos bigodes faciais dos pinípedes modernos já estava presente no início da transição de um estilo de vida terrestre para um aquático e facilitou sua transição para um estilo de vida anfíbio.

ZAP //

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