Flamengo quer “comprar” filial na Europa. Portugal pode ser a casa escolhida

Alexandre Vidal, Marcelo Cortes e Paula Reis / Flamengo

Num modelo semelhante ao City Football Group, o Flamengo quer “comprar” parte de um clube português. Tondela e Mafra estão em cima da mesa.

Os dirigentes do Flamengo estão a negociar a aquisição de parte do Clube Desportivo de Tondela através de dinheiro de investidores. As conversações têm-se arrastado há algumas semanas e ainda não há certezas de nada.

O jornalista brasileiro Rodrigo Mattos, do UOL, explica que o objetivo é o emblema carioca ficar com uma parte do clube e obter receitas, criando uma holding no estrangeiro “que possa adquirir clubes que venham a ter uma participação no Flamengo”. No entanto, nem todos dentro da direção rubi-negra estão confiantes no plano.

Rodrigo Tostes, vice-presidente de Finanças do Flamengo, esteve esta semana em Portugal para averiguar potenciais interessados. Um dos clubes que abordou foi, precisamente, o Tondela. Calcula-se que o Flamengo ficaria com cerca de 20 a 30% do emblema beirão.

O Tondela não será a única opção e haverá até clubes da segunda divisão portuguesa a serem equacionados para este negócio.

Segundo o portal Goal, Rodrigo Tostes também conversou com Mafra, do segundo escalão português.

O Flamengo tem interessa nas receitas em euros, uma moeda mais forte do que o real brasileiro. O clube do Rio de Janeiro conseguiria faturar através de contratos de publicidade, direitos televisivos e venda de atletas, entre outros.

Este holding que o Flamengo quer montar funcionaria como o City Football Group, a empresa que detém vários clubes como Manchester City, New York City, Melbourne City, Girona e Yokohama F. Marinos.

Em entrevista ao MaisFutebol, David Belenguer, presidente do Tondela, desmentiu um possível negócio fechado, mas não negou as conversações.

“Não há nada assinado ou acertado, é o que posso dizer”, começou por dizer Belenguer. “De resto, não posso estar sempre a desmentir os rumores que são lançados. Nos últimos dois anos, a cada verão, surgem informações desse género e não é correto da minha parte, do ponto de vista empresarial, estar sempre a comentar isso”.

Daniel Costa, ZAP //

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