Físicos calculam quanto tempo precisa um vampiro para chupar todo o nosso sangue

Estudantes britânicos quiseram prestar uma homenagem ao “Drácula” e calcularam o tempo que seria preciso para que a mítica personagem chupasse todo o nosso sangue.

Para celebrar o 85.º aniversário do filme “Drácula”, mítica personagem interpretada pelo ator húngaro Bela Lugosi, estudantes do Departamento de Física e Astronomia da Universidade de Leicester, no Reino Unido, utilizaram a dinâmica de fluidos para perceber quanto tempo seria preciso para que um vampiro chupasse o sangue de um ser humano comum.

De acordo com os resultados, seriam precisos cerca de 6,4 minutos para conseguir sugar apenas 15% do nosso sangue a partir da artéria carótida externa que se encontra no nosso pescoço.

Este valor (15%) foi utilizado como o parâmetro de referência pelos físicos, já que perder mais sangue faz com que a frequência cardíaca seja alterada e menos do que isso, por sua vez, não afeta o sistema circulatório.

A aorta, principal artéria do corpo humano, divide-se em cinco outras artérias. Para os efeitos deste estudo, a equipa estava preocupada com a velocidade do sangue que flui apenas na artéria carótida primitiva.

Os investigadores também assumiram que as cinco artérias têm uma espessura uniforme, o que lhes permitia calcular a velocidade do fluxo sanguíneo nessa artéria carótida primitiva.

Ao examinar a pressão média do sangue humano nas artérias medidas relativamente à pressão do ar, os estudantes chegaram ao valor de diferença entre os dois.

De seguida, focaram os seus esforços para tentar descobrir qual é a densidade média do sangue à temperatura ambiente e foram capazes de deduzir a quantidade de sangue que saia de um furo no pescoço, assumindo que os dentes de um vampiro deixariam furos com uma largura de 0,5 mm cada.

Considerando que o corpo humano tem uma média de 5 litros de sangue e que um vampiro pode, na prática, extrair os tais 15%, o estudo concluiu que um vampiro conseguiria drenar 0,75 litros de sangue em menos de 7 minutos.

Os alunos britânicos apresentaram então estas conclusões num artigo para a “Journal of Physics Special Topics”, revista estudantil publicada pelo Departamento de Física e Astronomia da Universidade.

A revista tem como principal objetivo proporcionar aos alunos a experiência de poderem escrever, editar, publicar e rever os seus artigos científicos.

“Todos os anos, pedimos a cada aluno que escreva cerca de dez artigos curtos para a revista. Isso permite-lhes mostrar o seu lado criativo e aplicar um pouco da física que já conhecem”, explica o professor tutor do curso, Mervyn Roy.

ZAP / HypeScience

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