Bem-vindos ao festival dos… plágios

Diogo Piçarra / Facebook

O cantor Diogo Piçarra

Um recente Festival da Canção ficou marcado por uma desistência devido a aparente plágio. Mas a lista começou muito antes.

O Festival da Canção seguiu para a segunda meia-final neste sábado e na memória de muitos ainda estará a edição de 2018.

Não só pela qualidade em palco, mas também por causa de Diogo Piçarra. A sua desistência marcou essa edição.

Piçarra foi acusado de plágio na sua Canção do fim. A origem seria Open our eyes, de Bob Cull, ou em versão brasileira Abre os meus olhos.

Recordando listas do Observador, precisamente por causa deste caso português, ou da revista Visão, também na mesma altura, deixamos aqui diversas acusações mediáticas de plágios. Nem todas se resolveram da mesma forma.

Continuamos com músicos portugueses. É notória a semelhança entre O Anzol dos Rádio Macau e Just like heaven dos The Cure. Curiosidade extra neste caso: as duas músicas foram gravadas em 1987, dificilmente seriam plágio uma da outra.

Tony Carreira é um repetente nestes casos de plágios. Ao todo foi acusado de copiar 11 autores estrangeiros. Deixamos aqui diversos exemplos

Ainda em português, mas do Brasil, Roberto Carlos e O Careta seriam cópia de Loucuras de amor, de Sebastião Braga. O “rei” foi mesmo condenado.

Novamente no Brasil, a famosa Feelings de Morris Albert seria uma cópia da música de Loius “Loulou” Gasté.

Os The Beatles também não escaparam. Come together seria um plágio de You Can’t Catch Me, de Chuck Berry. John Lennon admitiu que houve inspiração e chegou a acordo.

George Harrison, ex-Beatle, conseguiu um grande sucesso, My sweet lord, graças a He’s so fine das The Chiffons. Harrison admitiu uma cópia, mas involuntária, inconsciente.

https://www.youtube.com/watch?v=JjdGtVQIGFQ

Rod Stewart e a sua Do Ya Think I’m Sexy. Foi um “plágio inconsciente”, segundo o próprio, de Taj Mahal, de Jorge Ben.

Michael Jackson, que terá roubado muitas canções, baseou-se na State of Independence para criar a muito famosa Billie Jean.

No cinema, o filme Caça-Fantasmas apareceu a mítica Ghostbusters, criada por Ray Parker Jr.. É claramente parecida com I Want a New Drug, de Huey Lewis.

Outro nome muito conhecido na música internacional: Michael Bolton. Love is a Wonderful Thing faz lembrar outra Love is a Wonderful Thing, dos Isley Brothers.

Os Oasis, envolvidos em diversos processos judiciais deste género, foram acusados de copiar T. Rex. Em causa as canções Cigarettes & Alcohol e Get It On.

Já no século XXI, aqui há três grupos/artistas na confusão: Radiohead vs. The Hollies vs. Lana del Rey. Os Radiohead queixaram-se que Get Free (Lana) era plágio de Creep – mas Creep não seria plágio de The air that I breathe?

O grande sucesso de Robin Thicke, Blurred lines, faz lembrar uma canção de Marvin Gaye, a Got to give up.

Os Credence Clearwater Revival, com Travellin’ Band, ter-se-ão inspirado em Little Richard. Mais concretamente em Good Golly, Miss Molly.

Coldplay vs. Joe Satriani. Provavelmente o caso de plágio mais mediático deste século. Em causa as músicas Viva la vida, por um lado, e If I could fly, do outro. Mas a confusão viria a aumentar: Cat Stevens acha que essas duas músicas são cópias da sua Foreigner Suite; e ainda apareceu um professor de música que disse que as três anteriores eram semelhantes ao tema Se tu m’ami, do século XVIII.

Por fim, Rihanna. O título educativo Bitch Better Have My Money será semelhante com Betta have my money, de Just Britanny.

ZAP //

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