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Fenprof defende reorganização das turmas e reforço do pessoal não docente

*Bloco / Flickr

O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores defendeu esta segunda-feira turmas com menos alunos para assegurar melhorias na aprendizagem e o cumprimento das regras de distanciamento, no dia em que os alunos dos 2.º e 3.º ciclos regressam às escolas.

“Era necessário que as turmas pudessem ser ainda reorganizadas para poderem ficar com menos alunos. Isso era importante do ponto de vista da aprendizagem e de um trabalho mais personalizado dos professores, mas também para manter o distanciamento”, afirmou Mário Nogueira, que falava aos jornalistas junto à Escola Eugénio de Castro, em Coimbra.

O dirigente sindical realçou também a importância do reforço do pessoal não docente, numa altura em que a desinfeção e limpeza “são fundamentais” e em que as escolas ainda apresentam um défice.

No entanto, a preocupação com as condições dos alunos nas escolas “é superada pela importância que tem o regresso ao ensino presencial”, frisou. “O ensino presencial já fazia falta.

Os prejuízos que os nossos alunos tiveram ao longo deste período todo foram grandes, apesar do esforço de todos”, notou. Mário Nogueira espera agora que seja possível manter as escolas abertas até ao final do ano letivo.

Questionado sobre o plano de recuperação de aprendizagens que deverá ser apresentado pelo Governo em maio, o secretário-geral da Fenprof salientou que espera que o próximo ano letivo “se organize para que seja possível superar” os problemas que o ensino à distância trouxe.

“Vamos aguardar para ver o que aí vem, mas que este ano não tenha mais problemas e mais prejuízos e não se acumulem mais défices na aprendizagem”, disse.

Os alunos dos 2.º e 3.º ciclos retomam hoje as aulas presenciais, no âmbito da segunda fase do plano de desconfinamento do país devido à pandemia, que prevê também a reabertura de centros de dia, equipamentos para deficientes e esplanadas.

Identificados mais 5 mil alunos sem condições para aulas à distância

As escolas de acolhimento começaram por estar abertas para receber os filhos dos profissionais essenciais, mas no segundo confinamento, o Ministério da Educação previu também a possibilidade de serem acolhidos nestes estabelecimentos de ensino os alunos com necessidades educativas especiais, bem como aqueles para quem o ensino à distância é considerado ineficaz ou que se encontravam em risco de abandono.

E foi este número que não parou de crescer. Na primeira semana de aulas à distância frequentaram as escolas 3300 alunos (média diária) por causa das dificuldades com o ensino remoto.

No final desse mês, de acordo com o último balanço que tinha sido feito pela tutela, eram já 6000. Segundo o Público, na última semana do 2.º período foram 8500.

Para as escolas foram encaminhados os alunos com problemas de acesso à internet ou que não tinham um equipamento informático para acompanhar as aulas à distância.

ZAP // Lusa

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