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FC Porto vs Setúbal | Dragão cuspiu fogo

Um FC Porto de cinco estrelas apresentou-se diante do Vitória de Setúbal e impôs uma vitória pesada (5-1) e sem contestação, que permite aos comandados de Sérgio Conceição manterem-se no topo da tabela classificativa, com apenas três jornadas por disputar.

O triunfo dos “dragões” começou a desenhar-se logo aos seis minutos e não tardou muito para a partida começar a ganhar contornos pesados para os visitantes, que nada conseguiram fazer para neutralizar o caudal ofensivo do adversário – sofrendo quatro golos ainda antes do intervalo.

Para a história fica mais uma goleada do FC Porto e nova exibição de grande nível de Alex Telles, que fechou as contas da partida com um grande golo de livre.

O Jogo explicado em Números

  • Início de jogo a todo o vapor da equipa portista, recompensado com um golo logo aos seis minutos, numa “prenda” do guarda-redes Cristiano, que não conseguiu segurar um cabeceamento de Soares, deixando a bola à mercê de Marega, que só teve de encostar.
  • Mas os “dragões” não se ficaram por aqui: nos dez minutos seguintes marcaram por duas vezes, por Marcano e Brahimi, explorando as fragilidades da formação sadina, que chegou aos 20 minutos da partida com 34% de posse e 68% de eficácia de passe, e com Cristiano a ter mais golos sofridos do que interacções com a bola.
  • A reacção sadina acabou por não se fazer esperar: aos 24 minutos, João Amaral fez o 3-1 no primeiro remate da equipa visitante, após uma boa triangulação que envolveu Patrick Vieira e Costinha. O lateral-direito do Vitória era um dos jogadores em destaque da sua equipa, na qual liderava em interacções com bola (17), duelos (cinco) e passes certos no meio-campo adversário (quatro).
  • O FC Porto acabou por baixar o ritmo de jogo com os três golos marcados, não fazendo um único remate entre o golo de Brahimi, aos 16 minutos, e o minuto 30. Ainda assim continuava a mandar no jogo, liderando em posse de bola (64%-36%), eficácia na distribuição (88%-73%) e número de passes (153-84).
  • Mas a aparente apatia dos “dragões” foi sol de pouca dura. Aos 35 minutos, Corona fez o 4-1 com um poderoso remate à entrada da área, marcando à terceira tentativa, depois de um remate desenquadrado e um outro bloqueado logo a abrir. Na génese do golo esteve um passe atrasado de Ricardo Pereira, que fez a sua quarta assistência na Liga.
  • À entrada dos últimos cinco minutos da primeira parte, quatro jogadores do Vitória já tinham sofrido três faltas: eram eles Vasco Fernandes, Patrick Vieira, Nenê Bonilha e Edinho. Na equipa do FC Porto, por sua vez, só havia três jogadores com faltas sofridas, todos eles com uma: Corona, Herrera e Soares.
  • Primeira parte dominadora da formação portista, que marcou em quatro dos seis remates que fez à baliza, acabando por sofrer um golo num dos raros momentos em que deu espaço ao conjunto sadino.
  • Curiosamente, apesar da vantagem folgada, os “dragões” recorreram à falta muito mais vezes do que o adversário (13-6) e ainda ficaram para trás no capítulo dos duelos ganhos, embora por uma diferença mínima.
  • À cabeça dos GoalPoint Ratings surgia Corona, com nota 6.7. Para além do golo apontado, o mexicano tinha um cruzamento eficaz, apenas dois passes errados, cinco recuperações de posse e três acções defensivas.
  • A segunda parte arrancou com uma ocasião flagrante desperdiçada por Soares, aos 48 minutos. Não corria de feição a partida ao brasileiro, que somava apenas sete passes certos em 12 tentativas, dois remates e quatro duelos ganhos em nove disputados.
  • Sem surpresas, Alex Telles dava nas vistas no capítulo da distribuição, chegando aos 60 minutos com quatro passes para finalização, tantos quanto o resto da sua equipa e apenas menos um do que todo o conjunto vitoriano.
  • Segunda parte puramente de contenção, a contrastar com a intensidade do primeiro tempo. Nos primeiros 20 minutos não houve um único remate enquadrado após quatro tentativas. Ainda assim o domínio dos “dragões” era inequívoco: 62% de posse, 80% de passes certos e 61% de duelos ganhos.
  • O golo acabou por surgir aos 72 minutos, no primeiro remate enquadrado da segunda parte. Na cobrança de um livre à entrada da área, Alex Telles colocou a bola fora do alcance do guarda-redes do Vitória, fazendo desta forma o seu terceiro golo no campeonato.
  • Um dos (muitos) aspectos em que o FC Porto dava nas vistas era na eficácia dos seus cruzamentos. Aos 85 minutos os “dragões” levavam cinco cruzamentos eficazes (três de Alex Telles, dois de Corona) em sete tentativas, enquanto o Vitória tinha apenas um em cinco.

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O Homem do Jogo

Mais uma noite para Alex Telles recordar, coroada com um grande golo, de livre, a fechar a goleada portista. Mas a exibição do lateral-esquerdo brasileiro foi muito além deste disparo certeiro, que surgiu, aliás, no único remate que fez à baliza. Alex Telles contabilizou quatro passes para finalização, mais do que qualquer outro jogador, e um deles para ocasião flagrante. Para além disso, errou apenas três dos 45 passes que fez, contabilizou 76 interacções com a bola e colocou o esférico oito vezes na área contrária. Tudo visto e ponderado, o brasileiro foi o homem do jogo nos GoalPoint Ratings, com nota 7.4.

Jogadores em foco

  • Brahimi 6.7 – Marcou um golo no único remate que fez à baliza. Foi feliz em metade dos quatro dribles que arriscou, fez um passe para finalização, recuperou oito vezes a bola e conseguiu três desarmes.
  • Felipe 6.5 – Não deu tanto nas vistas como Marcano, mas esteve a um grande nível defensivo, contabilizando cinco alívios, três intercepções e dois desarmes. Falhou apenas nove dos 90 passes que fez, tocou na bola 103 vezes e venceu os quatro duelos aéreos em que esteve envolvido.
  • Marega 6.2 – Abriu caminho para a goleada da sua equipa com um remate certeiro e ainda fez uma assistência. Arrancou dois dribles, um deles dentro da área. Pela negativa, venceu três dos 12 duelos que disputou, falhou três desarmes e cometeu quatro faltas.
  • Soares 4.8 – Exibição marcada pela ocasião flagrante que desperdiçou. Arriscou por três vezes o drible, sendo feliz em duas ocasiões, falhou seis dos 17 passes que fez e disputou 11 duelos, vencendo cinco.
  • Edinho 4.3 – Não foi o carrasco que alguns temiam. Fez um remate, muito desenquadrado, venceu nove dos 25 duelos em que esteve envolvido, sofreu três desarmes e controlou mal a bola quatro vezes. Foi ainda apanhado em fora-de-jogo em uma situação.

Resumo

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