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FC Porto vs D. Aves | Madrugar a pensar no “Clássico”

O FC Porto mantém-se na perseguição ao líder, Benfica, após bater o Aves, por 2-0, no Dragão. A vitória portista começou a desenhar-se bastante cedo, com dois golos em apenas 12 minutos.

Mas aqueles que esperavam um festival de golos ficaram desiludidos: os homens de Sérgio Conceição limitaram-se a gerir a vantagem madrugadora, certamente a pensar no “Clássico” do próximo fim-de-semana, na Luz, isto mesmo somando um número interessante de remates.

Ainda assim, triunfo sem contestação do FC Porto, que venceu 100 duelos individuais e não permitiu nenhum disparo à sua baliza, ao passo que 11 dos seus 13 jogadores de campo produziram remates.

O Jogo explicado em Números

  • Entrada de sonho da equipa portista, que marcou por duas vezes em 12 minutos, primeiro por Alex Telles, na conversão de uma grande penalidade, e depois por Otávio, num ressalto fortuito à entrada da área do Aves. Os “dragões” fecharam o primeiro quarto de hora com números avassaladores: 78% de posse, 83% de eficácia de passe (contra apenas 44% do adversário), três remates e seis cruzamentos.
  • Mesmo com o passar do tempo, o Aves continuou a sentir enormes dificuldades para sair a jogar. Aos 25 minutos, Facchini e Nildo Petrolina eram os jogadores com mais passes na equipa visitante. Juntos, somavam 15 entregas, mas apenas três dessas tinham sido bem-sucedidas.
  • Volvidos 30 minutos, o Aves continuava sem fazer um único remate ou ter alguma interacção com a bola dentro da área portista. Na equipa azul-e-branca, por sua vez, só Casillas, Felipe e Marcano ainda não tinham arriscado o remate.
  • À entrada para os últimos cinco minutos da primeira parte, o FC Porto continuava a mandar no jogo, com 74% de posse e 86% de eficácia (contra 56% do adversário). Curiosamente, Aboubakar era o jogador com mais passes para finalização, três, enquanto Alex Telles, que normalmente lidera este dado, ainda não tinha sequer um.
  • Primeira parte de sentido único e que ficou marcada pelo excelente começo do FC Porto. A equipa da casa não tirou o pé do acelerador, mas não mais foi capaz de chegar ao golo, embora tenha feito por isso: chegou ao intervalo com 15 remates, cinco deles à baliza, e duas ocasiões flagrantes, uma delas desperdiçada por Brahimi.
  • Otávio era de longe o melhor jogador após os primeiros 45 minutos nos GoalPoint Ratings, com nota 7.3. Para além do golo apontado, o brasileiro tinha ainda quatro dribles eficazes, apenas quatro passes errados em 34 tentativas, nove duelos ganhos em dez disputados e duas faltas sofridas.
  • O FC Porto entrou na segunda parte com a intenção de gerir a vantagem alcançada e deixou o adversário ter mais bola do que no primeiro tempo. Ainda assim, foi à equipa azul-e-branca que pertenceu os três únicos remates dos primeiros 15 minutos, dois deles à baliza, por intermédio de Aboubakar e Soares.
  • Aos 70 minutos, eram já sete os jogadores do FC Porto que contabilizavam passes para finalização, sendo Brahimi o jogador que surgia na dianteira, com quatro, destronando Aboubakar. Na equipa do Aves, apenas dois jogadores haviam criado situações de remate: Nildo Petrolina (duas) e Pedrinho.
  • À entrada para os derradeiros dez minutos da partida, o FC Porto somava apenas dez toques na área contrária durante a segunda parte, o que mostrava bem o quanto os “dragões” tinham “acalmado” após o intervalo. Os homens de Sérgio Conceição tinham apenas um cruzamento eficaz em dez tentativas, ficando atrás do Aves neste capítulo (três eficazes em dez).
  • O Aves ainda foi à procura de um resultado melhor e fez três remates no período de descontos – tantos quanto os que fizera durante os 90 minutos. Dois desses disparos foram de autoria de Elhouni, que acertou no poste direito da baliza de Casillas e, em apenas 20 minutos em campo, tornou-se o único jogador do Aves com mais do que um remate.
  • Nos “dragões”, foram 11, os jogadores com remates, sendo que apenas Casillas, Óliver Torres e Gonçalo Paciência não tiveram oportunidade para atirar à baliza avense.

O Homem do Jogo

Mais uma exibição de grande nível de Ricardo Pereira, que actuou no lado direito da defesa, pisando terrenos mais recuados do que aqueles que já ocupou esta temporada. Embora nenhum dos seus três remates tenha saído à baliza, Ricardo foi practicamente irrepreensível em todos os outros domínios.

Dos nove dribles que arriscou, foi feliz em sete, um deles na área contrária, foi o único jogador a chegar à centena de toques (102) e perdeu apenas três dos 18 duelos em que esteve envolvido.

Para além disso, sofreu uma grande penalidade e somou dez acções defensivas. Tudo somado, o lateral-direito portista conseguiu nota 8.0 nos  GoalPoint Ratings e o título de homem do jogo.

Jogadores em foco

  • Otávio 7.6 – Exibição bastante positiva e que foi coroada com um golo. Foi feliz em cinco das suas seis tentativas de drible, venceu 13 dos seus 14 duelos e ainda contabilizou quatro desarmes.
  • Alex Telles 6.5 – Abriu o caminho para a vitória portista com o golo de grande penalidade, mas esteve uns furos abaixo do que é normal para ele. Fez apenas dois passes para finalização, venceu dois de seis duelos e contabilizou quatro acções defensivas. Ainda assim, foi o jogador que mais bolas na área contrária colocou (14).
  • Adriano Facchini 5.9 – Esteve em destaque, apesar dos dois golos sofridos, ao efectuar seis defesas, quatro delas a remates de dentro da área.
  • Hernâni 4.8 – Pouco mostrou nos 30 minutos em que esteve em campo. Fez um remate, muito desenquadrado, e oito passes, e tocou na bola 14 vezes.
  • Tissone 3.9 – Teve a pior nota da partida, muito por culpa das sete faltas que cometeu, uma delas para grande penalidade. Para além disso, falhou três desarmes, concedeu dois cantos e venceu oito dos 19 duelos em que esteve envolvido.

Resumo

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