O FC Porto cedeu hoje um “nulo” frente ao Boavista, no dérbi portuense da quinta jornada da Primeira Liga, que principiou com um atraso de 45 minutos. devido à chuva que inundou o relvado do Dragão.
Com este inesperado resultado, num encontro marcado pela expulsão do central Maicon, que viu o cartão vermelho direto aos 25 minutos, o FC Porto deixou fugir o campeão Benfica, que lidera isolado a tabela classificativa.
O treinador Julen Lopetegui operou seis alterações no “onze” inicial em relação ao jogo com o BATE Barisov, para a Liga dos Campeões, que terminou com uma goleada por 6-0, promovendo as estreias de Andrés Fernandez e de Ivan Marcano e as entradas de José Angel, Tello, Rúben Neves e Evandro.
O FC Porto pegou no jogo desde o apito inicial, frente a um “matreiro” Boavista remetido à sua zona defensiva, e dispôs da primeira ocasião de perigo por Brahimi, aos cinco minutos, com um remate, apos bom trabalho individual, à figura de Mika.
Depois de Brahimi, um dos jogadores em evidência na goleada infligida ao BATE Barisov, foi a vez de Jackson Martinez, aos 13 minutos, procurar visar, sem sucesso, a baliza da formação “axadrezada”.
Aos 16 minutos, a condição do relvado ditou a sua lei ao prender num charco em cima da marca da grande penalidade uma bola de Tello para Brahimi, que ficaria isolado e em excelente posição para marcar.
Numa partida até então de sentido único, Evandro, aos 17 minutos, cabeceou ao lado e Rúben Neves, aos 19, procurou surpreender com um remate de longe, mas ao lado.
Uma entrada imprudente de Maicon sobre Anderson Correia, em cima da linha lateral e a meio campo, levou a que o central dos “dragões” visse o cartão vermelho e o consequente afastamento não só do jogo como do clássico de sexta-feira com o Sporting.
Aos 31 minutos, tirando partido de algum desacerto na formação dos “dragões”, o Boavista desceu até à linha defensiva do FC Porto e conquistou o primeiro canto, sem, contudo, criar qualquer perigo para o guarda-redes espanhol Andrés Fernandez.
Na sequência de um canto cobrado pelo argelino Brahimi, aos 34 minutos, o colombiano Jackson Martinez cabeceou para defesa de Mika e, na recarga, o espanhol Cristian Tello não encontrou o caminho para o fundo da baliza boavisteira.
O Boavista, a explorar a desvantagem numérica do FC Porto, reduzido a 10 elementos desde os 25 minutos, surgiu mais atrevido nos minutos finais da primeira parte e tentou pela primeira vez, aos 39 minutos, o remate à baliza de Andrés Fernandez por Anderson Carvalho.
Aos 45 minutos, numa jogada rápida de contra-ataque, a tirar partido ainda da adaptação de Ruben Neves a central, o Boavista criou uma oportunidade flagrante de golo por Anderson Correia, a passe de Zé Manuel, mas o remate saiu às malhas laterais.
Na segunda parte, Petit ordenou à sua equipa que subisse no terreno, pressionando a saída de bola e a organização de jogo do FC Porto, pelo que o encontro passou a desenrolar-se a meio campo.
Mika, aos 52 minutos, segurou um cruzamento de Brahimi para a área, José Angel, aos 56, procurou servir a cabeça de Jackson Martinez, e Tello, aos 57, desperdiçou uma oportunidade para desfazer a igualdade, após passe de Ruben Neves.
Aos 64 minutos, já depois de uma boa arrancada de Brahimi parada em falta, que não resultou em perigo, o guarda-redes “axadrezado” opôs-se uma vez mais bem a um remate de Jackson Martinez.
Já com Ricardo Quaresma em campo, que trouxe mais movimento às alas, o FC Porto dispôs de nova situação para marcar aos 77 minutos, mas o remate de Herrera, na recarga a uma primeira ação ofensiva, saiu sem direção e por cima da baliza do Boavista.
Até ao final do encontro, pertenceram ainda ao FC Porto os lances mais perigosos, mas quase sempre inconsequentes ou resolvidos por Mika.