Farmacêuticos querem “ir até onde está o doente” e ajudar a aliviar o SNS

Ideia foi apresentada ao Ministério da Saúde em abril do ano passado, mas ainda não há resposta.

A Ordem dos Farmacêuticos pretende reforçar a proximidade entre a classe e a população, indo “até onde está o utente”, seja em casa ou nos lares. Esta foi a intenção manifestada por Helder Mota Filipe, bastonário dos farmacêuticos, em declarações ao Diário de Notícias.

“É fundamental que a proximidade dos serviços não pare na farmácia. É preciso ir até onde está o utente que precisa de medicamentos, quer seja em casa, quando está acamado ou não pode sair, quer seja no lar ou numa unidade de cuidados continuados.”

De acordo com o responsável, o reforço da proximidade seria capaz de “melhorar os serviços e evitar idas desnecessárias aos centros de saúde ou aos hospitais única e exclusivamente para aceder a receitas e a medicação, e, ao mesmo tempo, poupar custos ao sistema”. Simultaneamente, acrescenta, os farmacêuticos seriam capazes de exercer em pleno as tarefas para as quais receberam formação, nomeadamente “renovação da prescrição“, a “revisão da terapêutica” e na promoção de literacia em saúde.

Esta proposta está em linha com o projeto apresentado, em abril do ano passado, pelos farmacêuticos ao Ministério da Saúde, sobre a dispensa de medicamentos hospitalares em contexto de proximidade e onde é estabelecido o que querem e o que podem fazer para apoiar o SNS. No entanto, a iniciativa ainda não contou com qualquer resposta.

O mesmo responsável adiantou sublinhou que está em falta uma “estratégia nacional que permita aos farmacêuticos desenvolver as suas funções à medida que a profissão também evoluiu”. Esta realidade, aponta, serve o “doente que está acamado, que não se pode movimentar ou que tem demência, como de alguns serviços do SNS, cuidados primários e hospitalares, que podem ser aliviados em algumas tarefas que hoje lhes causam muita pressão.”

ZAP //

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