Mais de 53 mil famílias pagam por mês pelo menos mil euros de renda ou de prestação de crédito habitação. Dessas, 33550 referem-se a contratos com menos de 10 anos.
De acordo com o resultado dos Censos de 2021, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e citados esta quinta-feira pelo Correio da Manhã, o valor médio dos encargos dos proprietários com compra de casa recuou 8,6% face a 2011, para 360,5 euros (menos 34,5 euros).
Em contrapartida, a custo médio dos alojamentos arrendados disparou 42,1%, de 235 para 334 euros (mais 99 euros). No caso dos proprietários, mais de 60% das famílias não têm encargos com a habitação, enquanto do lado dos inquilinos quase 37 mil pagam menos de 20 euros por mês – 13 mil são contratos com 30 ou mais anos.
Segundo a mesma fonte, em dez anos o país perdeu 2,1% da população: em abril de 2021 residiam em Portugal 10343066 pessoas. O Algarve e a Área Metropolitana de Lisboa registaram crescimento, mas houve descidas, sendo as mais significativas no Alentejo (menos 7%) e na Madeira (menos 6,4%).
Quanto aos imigrantes: há 542314 pessoas de nacionalidade estrangeira (5,2% do total da população). A idade média da população subiu 3,1 anos, para 45,4 anos. Mais de 712 mil pessoas tinham 80 ou mais anos e havia 840 mil crianças até aos dez anos. Entre 2011 e 2021, todos os escalões até aos 39 anos perderam população.
O INE revelou igualmente que cerca de 20% da população concentra-se nos sete municípios mais populosos, em apenas 1,1% do território.
Portugal tinha no final de 2021 um total de 3573416 edifícios. Mais de 3 milhões correspondiam a um alojamento, enquanto 206900 tinham cinco ou mais alojamentos.
A percentagem da população residente com ensino superior era de 13,9% em 2011 e atingiu 19,8% entre as pessoas com 15 ou mais anos em 2021.
Mais de um terço dos núcleos familiares tinham zero filhos/enteados. Dos 3127714 núcleos familiares, 1131926 não tinham filhos e 1193283 tinham 1 filho. Com 4 ou mais filhos havia 212152 agregados.