Falsos médicos iam entrar em Portugal para uma conferência inexistente

“História fictícia” à volta de dois homens e das duas mulheres. SEF deteve suspeito de auxílio à imigração ilegal e de falsificação de documentos.

Um homem foi detido pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras no Aeroporto de Lisboa por suspeita de auxilio à imigração ilegal ao tentar fazer entrar em Portugal quatro falsos médicos para uma conferência inexistente, foi hoje divulgado.

Fonte do SEF adiantou à agência Lusa que o suspeito de auxílio à imigração ilegal, de 52 anos, é cidadão de São Tomé, bem como os restantes detidos, dois homens e duas mulheres, sendo que estes viajavam com passaportes diplomáticos e de serviço falsos da República Democrática de São Tomé e Príncipe.

Segundo o SEF, o suspeito, indiciado por “fortes indícios” de crimes de auxílio à imigração ilegal e de falsificação de documentos, foi apanhado no Aeroporto Humberto Delgado no fim de semana passado, quando tentava facilitar a entrada em território nacional dos dois homens e das duas mulheres, “com recurso a uma história fictícia que consistiu em declarar na fronteira que vinham em missão de serviço, na qualidade de médicos, para participar numa conferência inexistente”.

Os inspetores do SEF apuraram a verdadeira identidade do alegado facilitador, “tendo sido apreendidos diversos objetos relacionados com a prática do ilícito, designadamente a documentação fraudulenta inicialmente apresentada e outra entretanto encontrada, equipamentos de telecomunicações topo de gama e provas de meios de pagamento”.

Foram, ainda, detetados fortes indícios de que o suspeito agora detido tem vindo a dedicar-se a este tipo de ilícito há pelo menos um ano, logrando facilitar a entrada irregular no país de mais de 20 cidadãos estrangeiros, acrescenta o SEF, numa nota enviada às redações.

O detido é também suspeito do envolvimento em, pelo menos, cinco processos-crime relacionados com furtos em Portugal, tendo sido dado cumprimento a um mandado de detenção que sobre si pendia relativamente a um destes processos.

Aos quatro estrangeiros que tentaram ludibriar as autoridades de fronteira portuguesas foi-lhes recusada a entrada em território nacional por uso de documento falsificado, estando em curso as diligências processuais administrativas tendentes a afastá-los para os países de origem.

O detido foi, entretanto, ouvido em primeiro interrogatório judicial, tendo-lhe sido aplicada as medidas de coação de apresentações bissemanais, entrega de passaporte e proibição de se ausentar do país.

// Lusa

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