Na quinta-feira, Donald Trump partilhou no Twitter um vídeo editado que intercala o momento em que a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, rasga uma cópia do seu discurso, no Estado da União, com aqueles em que o Presidente norte-americano atribui uma bolsa escolar, dá uma medalha e promove um reencontro familiar.
Segundo noticiou o Observador, tanto o Facebook como o Twitter recusaram o pedido de Nancy Pelosi para remover o vídeo em questão.
“O povo americano sabe que o Presidente não tem escrúpulos em mentir-lhe – mas é uma vergonha ver o Twitter e o Facebook, fontes de notícias para milhões, fazer o mesmo”, escreveu Drew Hammill, chefe de gabinete de Pelosi no Twitter.
E continuou: “O último vídeo falso de Pelosi está deliberadamente desenhado para enganar e mentir ao povo americano, e todos os dias que estas plataformas recusam retirá-lo é mais outro lembrete de que se preocupam mais com os interesses dos acionistas do que com o interesse público”.
O Estado da União foi marcado por vários momentos inusitados, como a atribuição de uma bolsa escolar a uma jovem presente no Congresso. A julgar pelo vídeo, a essa e outras situações segue-se o momento em que Pelosi rasga uma cópia do discurso de Trump. O vídeo tem como título “Histórias americanas poderosas rasgadas por Nancy Pelosi”.
O pedido de Pelosi foi rejeitado numa altura em que se fala sobre a responsabilidade que as gigantes tecnológicas têm na proliferação de informação falsa, em ano de eleições presidenciais, indicou o Guardian.
O Twitter anunciou recentemente uma nova regra que impede a partilha de informação manipulada que possa causar danos, com efeitos a partir de 05 de março. Em janeiro, o Facebook barrou vídeos falsos criados por inteligência artificial, excluindo conteúdos criados através de técnicas de edição convencionais.