“Sigam o dinheiro”: extrema-esquerda começou a atacar zonas residenciais na Alemanha. Tem 3 alvos

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Thibault Vandermersch / EPA

Querem atingir casas ou instalações de pessoas ricas, destruidoras do ambiente e anti-imigração. Há “alarme” entre as autoridades.

O bairro de Grunewald, em Berlim, terá sido o primeiro de diversos alvos: grupos de extrema-esquerda estão a planear atacar zonas residenciais exclusivas na Alemanha.

O jornal Die Welt indica que há um lema a orientar estes ataques: “Follow the money”, ou “sigam o dinheiro”. Os alvos são três: pessoas ricas, destruidoras do ambiente e anti-imigração. Ou tudo isto na mesma pessoa.

Os extremistas já avisaram que vão atacar áreas residenciais e casas particulares em breve. Além de empresas ou instituições governamentais, que já eram alvos.

Nos seus panfletos, os extremistas descrevem um mundo em que os ricos são os principais culpados pela injustiça social e pela destruição ambiental.

Alegam que as pessoas com mais dinheiro “incitam a população com passaporte alemão contra os migrantes” e, assim, promovem a xenofobia. Com isso, justificam a violência.

Também indicam que estes ricos “não podem ser ultrapassados com apelos, persuasão ou simples informação”. Atacar as casas não é tabu: “Podemos invadir o espaço onde vivem enquanto contam mentalmente os seus dólares, euros, rublos, bitcoins ou barras de ouro. E podemos desaparecer sem sermos vistos na floresta, com os javalis na calada da noite”.

Não escondem que a sua ideia é causar “perturbações constantes” nos bairros ricos e perturbar os moradores através da violência e da destruição.

E o primeiro ataque já foi concretizado. Aconteceu no mencionado bairro de Grunewald, um dos bairros mais nobres da capital Berlim: incendiaram um transformador que fornecia electricidade ao bairro e danificaram uma antena de rádio que abastecia operadoras de telemóveis e a rede de rádio da polícia.

O ataque foi reivindicado numa revista de extrema-esquerda, a Autonomous Blättchen. Foi um “passeio nocturno militante pelo bairro de Grunewald”, brincam os atacantes.

Esta nova ameaça de extremistas militantes de esquerda está a “causar alarme” entre as autoridades de segurança do Estado. É uma escalada significativa neste contexto.

Levamos estas ameaças muito a sério. O cenário extremista de esquerda está a radicalizar-se cada vez mais, propagando a luta de classes, e tudo gira em torno de fantasias de redistribuição e expropriação violenta”, comentou um funcionário da segurança do Estado no jornal Bild.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

10 Comments

  1. E esquerdalha acha que se deve distribuir a riqueza até ficarmos todos pobres. Só assim ficam contentes. Não percebem que a maioria dos chamados “ricos” o são porque arriscaram e criaram empresas e postos de trabalho.

    Acham que donos de empresas exploram os empregados. Pergunto eu, se assim for, porque é que os empregados explorados não hipotecam a casa, o carro e os filhos, e montam a sua própria empresa?

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  2. É o principio de quantos pobres são necessários para fazer um rico. A violência deve ser sempre condenada independente da origem de esquerda ou direita. A nossa sociedade vai estar sempre mal estruturada enquanto continuarem a existir pessoas a dormir nas ruas, e outros a gastarem fortunas em brinquedos de luxo. Por outro lado a meritocracia não deve ser penalizada, ou seja, se uma pessoa se esforça para ter um nível de vida, não é justo ser obrigado a distribuir por todos os outros. Tal como em tudo, tem existir um equilibrio sendo por isso que os extremos direita ou esquerda são condenáveis. Quanto ao comunismo, era importante que as pessoas se informassem melhor antes de opinarem sobre este tema e se não tem a capacidade de análise, mais vale estarem caladas. O exposto neste artigo nada tem a ver com comunismo.

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  3. Sobre o Pinhal de Leiria e a sua prometida reflorestação, apenas uma pergunta simples: um Estado que não defende e valoriza o que é seu, tem moral para exigir aos proprietários de terras rurais para cuidarem e limparem esses prédios? O exemplo, neste caso e noutros, devia vir do próprio Estado, entidade sempre pronta a exigir aos cidadãos e a aplicar e a cobrar por “dá cá aquela palha”. Manter terrenos limpos pode ser caro para proprietários idosos e sem meios financeiros adequados e daí que o Estado, através das autarquias, deva criar um mecanismo próprio de limpeza de terrenos rurais e depois cobrar essa despesa aos proprietários que possam pagar. Creio que uma medida destas seria útil, muito útil, e ficaria mais barata que o aluguer anual de meios aéreos de combate a fogos florestais. E quanto aos meios aéreos de combate aos fogos florestais, enquanto esses equipamentos não pertencerem ao Estado, teremos todos os anos a mama habitual e creio, mama essa ligada provavelmente a muitas das ignições detectadas e combatidas…

  4. A avaliar pelos comentários a carneirada está bem ensinada: respeitinho aos ricos!

    Continuem a trabalhar uma vida inteira por migalhas, já nem uma casa conseguem comprar, enquanto uns poucos lambões mamam milhões… o mundo vai no bom caminho. Não está à vista?

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    • Podes sempre iniciar um negocio teu e pagar aos teus trabalhadores um ordenado 10X o ordenado mínimo, andar a pé para não poluir, só comer produtos locais e comprar território para reflorestar. Ou vais continuar a viver as custas dos teus pais e de subsídios?

  5. O que acho engraçado recebem milhares de euros para participar nessas manifestações… mas nem um euro são capazes de doar, querem que os outros paguem. Porque não vão a China protestar? Afinal China como país comunista que devia ser perfeito é um dos países do mundo que dá menos em ajuda humanitária… Um facto chocante Gaza dava (antes da guerra) mais do que a China. China como comunista é um dos países mais poluidores do mundo… Ninguém reclama ou protesta… Porquê? Porque são eles que financiam estes grupos…. com salários anuais de 70 mil euros e custos judiciais.

  6. Afinal, também existem extremistas na esquerda, esta que quando fala na direita, tem de dizer sempre “Extrema-Direita”. Felizmente, o mundo virou à direita e assim continuará!

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