Pelo menos cinco pessoas ficaram feridas, uma em estado grave, durante uma explosão seguida de incêndio num prédio de habitação na rua de Santa Marta, em Lisboa, existindo ainda dois desaparecidos, informaram os Bombeiros Sapadores no local.
Um incêndio num prédio de quatro andares, no centro de Lisboa, causou este domingo um ferido grave e cinco ligeiros, que foram transportados para o hospital de São José, em Lisboa, disseram à Lusa bombeiros e PSP.
Segundo o vereador da Proteção Civil da Câmara de Lisboa, Carlos Castro, há a registar cinco feridos, um dos quais se encontra em estado grave, mas no edifício viviam nove pessoas, duas das quais estão desaparecidas e outras duas não se encontravam no edifício.
“Há cinco pessoas feridas e falta confirmar se são pessoas do edifício ou se estavam a passar. Temos a suspeita que faltam duas pessoas. Vamos avançar com a equipa cinotécnica do regimento de sapadores bombeiros para apurar se essas pessoas estão ali ou não”, disse.
Segundo Carlos Castro, ainda não foi possível apurar se os dois moradores por localizar se encontravam no interior do edifício, isto porque dois fatores “prejudiciais” estão a dificultar as buscas nos escombros.
“O facto de haver ainda muito fumo e haver também a humidade decorrente da intervenção do apagar das chamas”, disse, acrescentando ainda existir material em combustão no interior do edifício, localizados nos números 41 e 42 da Rua de Santa Marta.
Quatro das cinco pessoas que ficaram feridas tiveram entretanto alta hospitalar, informou o vereador da Proteção Civil, e apenas permanece internado o ferido em estado grave.
A explosão poderá ter sido causada por uma explosão de gás, segundo adiantou Carlos Castro, que destacou que também as pessoas dos prédios contíguos foram retiradas, não sabendo precisar quantas.
A parte da frente do edifício ruiu e várias projeções atingiram o Hospital de Santa Marta, acrescentou o vereador. A explosão atingiu também viaturas estacionadas naquela rua, que se encontra cortada ao trânsito.
O alerta para a explosão, seguida de incêndio, de um prédio de habitação na rua de Santa Marta, foi dado às 07:48, segundo os bombeiros. A PSP, que está no local a fazer um perímetro de segurança, tinha referido no início da ocorrência a existência de seis feridos, um dos quais em estado grave, transportados para o Hospital de São José.
Em declarações à comunicação social no local, o comandante dos bombeiros, Tiago Lopes, informou que o incêndio foi extinto na fronte do edifício, estando, pouco depois das 09:00, a ser combatido ainda na tardoz, embora circunscrito e sem perigo de passar para os edifícios adjacentes.
Segundo Tiago Lopes, “uma das empenas do edifício não inspira confiança” para que os bombeiros possam entrar no edifício para realizar buscas pelos dois desaparecidos, pelo que estão a recorrer a cães.
“Caso os cães não detetem qualquer vida, temos de entrar, com remoção dos escombros de forma meticulosa para não criar mais danos aos prédios contíguos também”, disse, salientando que é um trabalho que pode demorar horas. “Só podemos mexer uma pedra quando tivermos a certeza que não está ninguém por baixo”, acrescentou.
O responsável destacou que estes edifícios são ainda “em pedras resistentes e tabique, o que dá fragilidade tanto ao edifício como aos prédios adjacentes”.
ZAP // Lusa