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Já há uma explicação científica para as “dunas” do céu do Norte

Um ano depois da sua observação, as auroras de dunas, ou auroras boreais em forma de duna, já possuem confirmação e explicação científica.

A aurora boreal nasce quando as partículas carregadas expelidas pelo Sol, como eletrões, colidem com os átomos de oxigénio e com as moléculas de nitrogénio na atmosfera da Terra.

A identificação da nova forma auroral, chamada “duna”, no ano passado, resultou de uma colaboração entre amadores que forneceram observações (imagens capturadas em janeiro de 2016 nos céus desde a Finlândia até à Escócia) e investigadores que começaram a analisar o fenómeno.

“As diferenças de brilho nas ondas das dunas parecem ser causadas pelo aumento da densidade dos átomos de oxigénio atmosféricos”, disse a professora Minna Palmroth, citada pelo Europa Press.

Ainda no ano passado, os cientistas supuseram que o aumento na densidade dos átomos de oxigénio é causado por uma onda atmosférica, conhecida como perfuração mesosférica, que viaja horizontalmente dentro de um guia de ondas estabelecido na atmosfera superior.

Este raro guia de ondas é criado entre o limite da camada atmosférica conhecida como mesosfera, que é chamada de mesopausa, e uma camada de inversão que se forma intermitentemente abaixo da mesopausa.

O fenómeno permite que as ondas de um determinado comprimento de onda viajem longas distâncias pelo canal sem desvanecer.

O novo estudo, publicado no dia 4 de maio na AGU Advances, confirma os dados sobre a existência de precipitação de eletrões e observações de temperatura da primeira hipótese.

De acordo com os novos dados observacionais, a precipitação de eletrões ocorreu na área onde as dunas surgiram em 20 de janeiro de 2016. Isto significa que é altamente provável que os eletrões com energia adequada estivessem envolvidos para produzir emissões aurorais a uma altitude de, aproximadamente, 100 quilómetros.

Dados de satélite também confirmam que, na noite da principal observação, em 2016, havia uma camada de inversão de temperatura excecionalmente forte na mesosfera, ou uma barreira gerada por camadas de ar com diferentes temperaturas.

A observação corrobora a hipótese de que a forma auroral se origina em áreas de maior densidade de oxigénio que ocorrem no guia de ondas da alta atmosfera.

Liliana Malainho, ZAP //

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