O campeão da Europa está fora da prova, ficando arredado da reconquista do título. Jogo perdido com a Bélgica, sentenciado num pormenor.
Duelo dividido, com uma primeira parte cautelosa de ambas as equipas. Mais uma vez ficou provado que a Seleção portuguesa tem muito talento, mas sente dificuldade em deslumbrar. Falta mais ousadia e autoridade.
Fernando Santos apostou apostou em Dalot (estreia absoluta a titular) e Palhinha, este com a espinhosa missão de parar os poderosos Lukaku e De Bruyne. Nélson Semedo e Danilo saltaram do onze inicial.
Como já se tinha visto na derrota com a Alemanha, Portugal demonstrava dificuldades em dar resposta ao jogo em largura do adversário. A Bélgica apresentava um esquema simples: atacar com cinco e defender com outros tantos.
Perto do intervalo, os belgas a conseguirem trocar a bola sem oposição e Thorgan Hazard a disparar fora da área e a conseguir marcar aquele que seria o golo a decidir o duelo. Os belgas precisaram apenas de uma oportunidade para rematar sem pressão em zona perigosa, a concluir uma primeira parte equilibrada e com poucas ocasiões de golo.
Estava na altura de uma reação lusa. Fernando Santos arriscou, aos 55 minutos entraram Bruno Fernandes e João Félix (estreia no Euro) para as saídas de João Moutinho e Bernardo Silva, outra vez muito apagado. As alterações fizeram bem à equipa, Portugal foi mais ofensivo.
Diogo Jota, João Félix e Bruno Fernandes ameaçaram. As oportunidades sucederam-se. A melhor surgiu aos 83 minutos, Rúben Dias sem marcação cabeceou para uma grande defesa de Courtois e logo a seguir Raphael Guerreiro rematou ao poste. Boa resposta de Portugal, mas tardia, a deixar a nítida sensação que a equipa tinha argumentos para não desfazer o sonho. Fim de linha para Portugal, com a Seleção a deixar a ideia que é capaz de discutir o jogo contra qualquer adversário.
A Seleção de Portugal, a campeã europeia em título, foi eliminada pela Bélgica. Em especial, a equipa tentou tudo, mas sem efeito prático. Esta equipa tem qualidade, talento e experiência suficiente para dar azo a uma era sem igual no futebol português.
Faltou personalidade, não convidar o adversário a ter bola, não mostrar receio.
Não de viu uma ideia de jogo que traduzisse o potencial ofensivo à disposição. A receita para a equipa à disposição em 2016, não resulta nestes jogadores. Um caso claro que talento desperdiçado.
Esta foi a pior prestação de sempre de Portugal num Campeonato da Europeu: nas 7 anteriores presenças na prova, chegou sempre, pelo menos, aos quartos de final.
Mas… teremos sempre Paris.