“Os Estados Unidos propuseram uma resolução simples e histórica às Nações Unidas, que exortamos todos os Estados membros a apoiar, para traçar um caminho para a paz”. Será votado na segunda-feira.
Os EUA propuseram na sexta-feira um projeto de resolução à Assembleia Geral da ONU que reclama “um fim rápido” do conflito na Ucrânia, sem mencionar o respeito pela integridade territorial do país, disseram fontes diplomáticas à AFP. A votação está marcada para segunda-feira, segundo as mesmas fontes.
Num momento em que o Presidente norte-americano, Donald Trump, faz pressão sobre o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, o projeto de resolução, visto pela AFP, “implora um fim rápido do conflito e apela a uma paz duradoura entre a Ucrânia e a Rússia”, uma formulação lacónica, longe dos textos anteriores da Assembleia, claramente de apoio à Ucrânia.
“Os Estados Unidos propuseram uma resolução simples e histórica às Nações Unidas, que exortamos todos os Estados membros a apoiar, para traçar um caminho para a paz”, declarou o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, em comunicado.
O que diz a Rússia?
A resolução norte-americana “é uma boa ideia”, comentou o embaixador russo na ONU, Vassili Nebenzia, notando, no entanto, que faltam referências “às raízes” do conflito.
A Assembleia Geral da ONU reúne-se na segunda-feira para assinalar o terceiro aniversário da invasão russa da Ucrânia.
Para a ocasião, a Ucrânia e os europeus preparam um projeto de resolução que sublinha a necessidade de “redobrar” os esforços diplomáticos para por fim à guerra “este ano” e menciona as iniciativas de vários Estados membros.
Entretanto, o ministro da Economia da Rússia, Maxim Reshetnikov, pôs condições este sábado para o regresso das empresas ocidentais no fim da guerra na Ucrânia.
“É evidente que a economia russa mudou. Por isso, as exigências para as empresas estrangeiras sobre localização, investimentos imobiliários e tecnologia, serão outras”, disse à imprensa local.
O responsável político destacou que a saída das marcas estrangeiras representou uma oportunidade única para as empresas russas e disse que, graças ao apoio estatal, a aproveitaram “na totalidade”.
As empresas russas “ganharam muito em ocupar os nichos libertados pelas companhias estrangeiras. Para nós, é muito importante que esses investimentos sejam garantidos”, sublinhou.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, evitou chamar ‘ditador’ ao homólogo russo, Vladimir Putin, e insistiu que deve o Presidente russo se deve sentar com Zelenskyy para negociar o fim da guerra na Ucrânia.
Trump afirmou também que está “muito perto” de assinar um acordo com a Ucrânia para que o país ceda recursos naturais a Washington, especialmente minerais essenciais e terras raras para o desenvolvimento tecnológico, como compensação pela ajuda dos EUA. Zelenskyy revelou numa conferência de imprensa esta semana que a proposta entregue por Washington na semana passada incluía a cedência de 50% dos recursos naturais da Ucrânia.
A Rússia e os EUA vão realizar uma segunda ronda de consultas diplomáticas no prazo de duas semanas, anunciou Serguei Riabkov, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo.
ZAP // Lusa
Esqueceram de dizer condições… para a “paz duradoura” Rendição incondicional, Europa paga a destruição causada pela Russia com o dinheiro congelado (que não chega), o Putin dita quem pode ser presidente, não pode entrar na NATO, fica com todo o território ocupado (que a Europa tem que reconstruir ou pagar a reconstrução) e os USA ficam com acesso ao mercado interno da Russia… Este é o tratado de paz que o Trump quer empurrar pelas gargantas dos europeus.