Coimbra: 1,5 milhões de euros para perceber porque os idiomas influenciam decisões

© UC | Paulo Amaral

Leona Polyanskaya, investigadora na UC

Se soubermos como as linguagens influenciam as tomadas de decisão, este novo conhecimento terá potencial de prevenir potenciais conflitos, defende investigadora da Universidade de Coimbra.

As decisões de cada um de nós podem ser influenciadas por diversos factores.

Os nossos valores, os nossos princípios, com a educação e o contexto como bases fundamentais, sempre presentes.

Mas há outro factor que, embora pareça surpreendente, também terá muito impacto nas decisões do ser humano: o idioma.

Sim, o conhecimento e o uso de diferentes línguas podem ter impacto na tomada de decisão em domínios políticos, sociais e económicos.

É isso que Leona Polyanskaya, investigadora da Universidade de Coimbra, vai analisar no seu projecto de investigação TypoMetaLing: Effect of linguistic experience on metacognition in language tasks and transfer to non-linguistic behavior.

Um projecto que pode ser traduzido para TypoMetaLing: Efeito da experiência linguística na metacognição em tarefas de linguagem e na transferência para comportamento não linguístico.

Essa ideia conseguiu financiamento por parte do Conselho Europeu de Investigação: 1,5 milhões de euros.

Diversos participantes vão colaborar. Todos falam fluentemente uma ou duas línguas (castelhano, catalão, basco, turco, alemão ou português). Uma diversidade que vai permitir averiguar como as diferentes línguas e os contextos culturais influenciam as tomadas de decisão.

Leona Polyanskaya explicou o objectivo principal: “Vamos investigar de que forma a língua nativa e o bilinguismo influenciam as decisões que tomamos, e como influenciam comportamentos, nomeadamente estratégias de decisão ou raciocínio”.

pessoas com a mesma informação mas, como utilizam um idioma diferente, a decisão sobre essa informação é também diferente.

“Se soubermos como as linguagens influenciam as tomadas de decisão, este novo conhecimento terá potencial de prevenir potenciais conflitos“, comentou a investigadora, que já tinha demonstrado noutros estudos que bilingues e monolingues tomam decisões distintas.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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