Um estudo aparentemente alegre sobre cortes de cabelo esconde uma verdade sombria

A pesquisa descobriu que as mulheres mais competitivas são mais propensas a aconselhar outras mulheres a ter cortes de cabelo mais curtos para as tentar tornar menos atraentes.

Um novo estudo publicado na Personality and Individual Differences revela que as mulheres altamente competitivas são mais propensas a recomendar cortes de cabelo mais curtos a outras mulheres, possivelmente para diminuir a atratividade física de suas rivais românticas.

“O cenário do cabeleireiro é apenas um veículo para fazer perguntas sobre como as mulheres sabotam umas às outras de formas subtis“, explica Danielle Sulikowski, autora principal do estudo e professora na Charles Sturt University.

“A agressão feminina tende a não se manifestar como violência física, ou mesmo como ameaças de violência física. Em vez disso, é sabido que a agressão feminina assume a forma de danos à reputação”, acrescenta Sulikowski.

Foram realizados dois estudos separados com 450 mulheres, com idades entre 17 e 67 anos. As participantes receberam cenários hipotéticos de clientes de salão de beleza e foram questionadas sobre quanto cabelo deveriam cortar.

Os resultados mostraram que mulheres com níveis mais elevados de competitividade intrassexual eram mais propensas a recomendar cortes de cabelo mais curtos para clientes com cabelos saudáveis e que expressaram desejo de manter o cabelo longo.

A pesquisa também revelou um comportamento de competição horizontal, onde as participantes sugeriam cortes de cabelo mais curtos para mulheres que consideravam ter um nível de atratividade semelhante ao delas próprias.

Este foco estratégico em indivíduos de aparência similar sugere uma forma de competição que vai além das ameaças diretas e dos cenários de rivalidade óbvios, escreve o Psy Post.

“A forma como montamos o cenário neste estudo foi tal que o ‘cabeleireiro’ e o ‘cliente’ não se conheciam e não havia competição implícita entre eles (nenhuma sugestão de que algum dia competiriam entre si por qualquer coisa).

As implicações disso são substanciais. Sugere que pelo menos algumas mulheres se envolvem na sabotagem de outras mulheres quase como uma resposta por defeito – na completa ausência de qualquer razão identificável para o fazer”, frisa Sulikowski.

Iso levanta questões importantes sobre como a agressão feminina se manifesta em ambientes sociais e profissionais. No entanto, o estudo tem suas limitações, incluindo o uso de cenários hipotéticos. Pesquisas futuras devem investigar este fenómeno em configurações mais realistas e em diferentes contextos.

ZAP //

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