Associação Portuguesa de Fertilidade está a apelar no seio de jovens universitários para que doem espermatozoides e óvulos.
Pela primeira vez em Portugal, a Associação Portuguesa de Fertilidade está a lançar uma campanha junto das universidades para apelar à doação de espermatozoides e óvulos, escreve o DN.
A iniciativa deverá arrancar já na próxima semana, com as participações asseguradas das Universidades de Lisboa, Nova de Lisboa e do Porto.
Em declarações ao diário, Marta Casal, da direção desta entidade, afirma que este continua a ser um tema delicado na sociedade portuguesa.
“Achamos sempre que este é um tema tabu ainda, infelizmente”, explicando que foi também por isso que a associação considerou “importante fazer esta campanha”.
“Muitas universidades não nos deram autorização mas esperamos que possam ainda decidir aderir quando a campanha arrancar”, afirma.
Atualmente, de acordo com a associação, existem em Portugal 750 dadores registados.
Marta Casal diz não ter os dados relativos à proporção dos dois géneros mas assume ao jornal que é muito mais fácil encontrar voluntários no sexo masculino, até porque “o processo é muito mais simples”.
“No homem, basta fazer a recolha do esperma, rapidamente e sem qualquer processo invasivo”, explica a responsável.
Por outro lado, as mulheres têm de se submeter a um processo de estimulação ovárica, com injeções subcutâneas, que dura pelo menos dez dias, e no final existe ainda uma intervenção cirúrgica, num processo chamado punção ovárica, para “aspirar” os ovócitos libertados.
Relativamente aos incentivos monetários, a diferença entre os dois géneros também é evidente.
As mulheres podem fazer até três ciclos, espaçados entre si pelo menos durante seis meses, e recebem cerca de 630 euros por cada um.
Aos homens são pagos cerca de 40 euros por donativo e podem fazer quantos quiserem, desde que o seu esperma não dê origem a mais de oito bebés.
ZAP