Descoberta nova estranha espécie de tubarão com dentes semelhantes aos dos humanos

Australian National Fish Collection

Os tubarões-cornudos-pintados usam os seus dentes molares semelhantes aos dos humanos para esmagar as presas com conchas mais duras, como os crustáceos.

Os cientistas identificaram uma nova espécie de tubarão com um conjunto único de molares que se assemelham a dentes humanos nas águas do noroeste da Austrália.

O tubarão-cornudo-pintado (Heterodontus marshallae) vive entre 125 a 229 metros abaixo da superfície e está equipado com molares que lhe permitem esmagar presas com conchas pesadas, como moluscos e crustáceos.

Parte da ordem Heterodontiformes, o tubarão-cornudo-pintado apresenta uma forma corporal distinta e pequenos chifres acima dos olhos, assemelhando-se a fósseis de tubarões há muito extintos.

A espécie tem uma mandíbula grande em comparação com o crânio e dentes únicos que a distinguem de outros tubarões, de acordo com o novo estudo publicado na Diversity.

A pesquisa acrescenta que os tubarões-cornudos têm dentes de preensão na frente da mandíbula e dentes semelhantes aos molares humanos mais atrás.

Australian National Fish Collection

“Comparado com outros tubarões australianos, esta espécie tem um padrão às riscas distinto. Este padrão é muito semelhante ao do tubarão-cornudo-zebra e, anteriormente, pensava-se que fosse da mesma espécie”, explica Will White, co-autor do estudo, ao Live Science.

Apesar desta semelhança, o H. marshallae difere dos tubarões-cornudos-zebra devido à maior profundidade onde pode ser encontrado. Os tubarões-cornudos-zebra geralmente prefere águas mais rasas perto da Indonésia ou Japão.

Antes da expedição de 2022, foram examinados seis exemplares e uma cápsula de ovo, mas a descoberta de um espécime macho vivo em Novembro de 2022 provou ser fundamental na classificação da nova espécie.

O animal tinha cerca de 53 centímetros de comprimento entre a ponta do seu focinho e a barbatada da cauda. Os machos são preferidos nestas classficiações devido à presença de clásperes, órgãos reprodutivos externos que variam entre as espécie de tubarões e ajudam a diferenciá-las.

A última descrição de uma espécie de tubarão da ordem Heterodontiformes remonta a 2005, e os cientistas estão céticos de que mais serão encontrados, especialmente em regiões mais rasas onde a exploração tem sido substancial.

ZAP //

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