Um novo estudo realizado pela Agência Espacial Europeia sugere que as mulheres poderão estar mais aptas para as viagens espaciais do que os homens.
Um estudo da Agência Espacial Europeia, ESA, sugere que as tripulações exclusivamente femininas podem ter vantagens operacionais em missões espaciais de longa duração.
Estas vantagens decorrem do seu físico mais pequeno e mais leve, que requer menos alimentos e oxigénio e que reduz assim a massa que é necessário transportar até ao espaço.
Este é um factor crucial nas missões espaciais, uma vez que uma massa maior requer mais energia para ser lançada no espaço — e acelerada às velocidades necessárias nestas viagens.
O estudo, publicado no dia 12 na revista Nature, baseia-se em trabalhos anteriores da mesma equipa da ESA, que examinou uma tripulação teórica exclusivamente masculina.
Segundo a BBC Science Focus, estas pesquisas são importantes para ajudar a compreender melhor as diferenças biológicas entre os géneros e ajudar a tomar decisões informadas no âmbito das missões espaciais.
Angela Saini, jornalista e escritora britânica que analisou o impacto de estudos científicos baseados nas diferenças de género citada pela BBC, sublinha no entanto a importância de considerar as diferenças individuais entre os astronautas, independentemente do seu género.
Para a autora britânica, a principal preocupação a ter em conta, por exemplo numa missão tripulada a Marte, é a capacidade física e mental da tripulação para aguentar os dois anos de viagem de ida e volta — incluindo o ambiente hostil, os atrasos nas comunicações e a necessidade de manter a forma física num ambiente sem peso.
E o estudo da ESA revela, com efeito, que o exercício físico no espaço é crucial para manter a força óssea e muscular dos astronautas.
Segundo Susan Charlesworth, Directora da Oxford Human Performance, uma tripulação diversificada em termos de género pode ser por outro lado ter outras vantagens — ao dotar a tripulação de diferentes estilos de liderança e de gestão de conflitos, aumentando assim a coesão da equipa em missões de longa duração.
O estudo sublinha o facto de que, embora as considerações físicas sejam importantes na seleção da tripulação, a dinâmica psicológica e interpessoal da tripulação é igualmente importante, assim como critérios de inclusão — tanto em termos de representação como do valor inspirador da exploração espacial.
Os astronautas escolhidos para qualquer missão espacial, incluindo potencialmente a primeira viagem a Marte, devem assim ser selecionados cuidadosamente, conclui o estudo — independentemente do seu género, tendo em conta não só as suas capacidades físicas mas também mentais.
De qualquer forma, é bem provável que o próximo grande passo para a Humanidade seja dado em Marte… e seja um pequeno passo de uma mulher.
Ah a ESA, essa agência espacial que nunca pós um homem ou mulher no Espaço…
Tendo em conta que é uma questão de massa, bora mas é mandar anões 🙂
Por causa de situações destas, eu deixei de ter consideração pelas mulheres . Queres luta ou morre! É simples! Ja não ha paciência!