Uma equipa de arqueólogos encontrou o esqueleto quase completo de um elefante que viveu há 300 mil anos. O impressionante estado de conservação dos ossos, assim como o seu tamanho, surpreenderam os cientistas.
Uma equipa de arqueólogos da Universidade de Tübingen, na Alemanha, em parceria com o Centro Senckenberg para a Evolução Humana, descobriu um esqueleto quase completo de um elefante, que viveu há 300 mil anos, durante uma escavação num paleolítico próximo da cidade de Schöningen.
O animal foi identificado pelos investigadores como um elefante de bico reto, da espécie Palaeoloxodon antiquus, já extinta. Como faleceu muito perto de um lago, os sedimentos saturados da água ajudaram a preservar os restos mortais, permitindo tanto a localização como a identificação de algumas partes do corpo do animal, assim como a sua medição.
De acordo com o Phys, os ossos pertenceram a uma fêmea adulta bastante desenvolvida, cujos ombros mediam cerca de 3,2 metros. O animal pesava aproximadamente 6,8 toneladas e tinha presas com mais de dois metros de comprimento.
A equipa também conseguiu localizar o maxilar inferior completo do elefante, diversas vertebras, costelas e ossos das patas.
Ivo Verheijen, arqueólogo que participou neste estudo, adiantou que este animal morreu, muito provavelmente, de velhice e não como resultado da caça humana.
“Os elefantes costumam permanecer na água, ou muito próximos dela, quando estão doentes ou velhos”, explicou o cientista. “Várias marcas de mordida nos ossos mostram que os carnívoros visitaram a carcaça. Ainda assim, os hominídeos daquela época também teriam lucrado com o elefante.”