Em época de estreia em Espanha, o VAR (vídeoárbitro) foi um sucesso. Quem o diz é o Comité de Arbitragem espanhol (CTA) que faz um balanço positivo do uso da tecnologia ao longo da temporada, frisando que ajudou a melhorar o nível das decisões tomadas em campo.
De acordo com a agência Reuters, que avança a notícia nesta quarta-feira, o VAR analisou 4293 acções (uma média de 12 por jogo) em 380 jogos da Liga espanhola, intervindo um total de 121 vezes (3,14 por jogo) e levando à alteração de 114 decisões.
Entre estas intervenções, está a aplicação de sete cartões vermelhos que teriam passado despercebidos ao árbitros principal sem o VAR. Contam-se também 60 golos validados com recurso à nova tecnologia.
De acordo com o Comité de Arbitragem espanhol, os protestos dos jogadores baixaram 17,3%. Também as simulações caíram 68%. “Os nossos árbitros adaptaram-se muito bem às mudanças, mas os média e os adeptos também. É como se sempre tivéssemos jogado com o VAR”, sublinhou o presidente do CTA, Carlos Velasco Carballo.
A Espanha foi o país mais representado nas competições europeias, em matéria de arbitragem, com 34 juízes nomeados para jogos em todo o continente ao longo da época. Logo a seguir ficaram Itália (33), Alemanha (32) e Inglaterra (23), nota ainda a agência.
Quase um ano depois depois de se estrear no Mundial da Rússia em 2018, o VAR foi ganhando força na Europa, apesar de algumas polémicas que lhe são associadas.
“O VAR é como um airbag: pode ajudar em caso de urgência, mas unicamente em caso de verdadeira urgência”, explicava o ex-árbitro suíço Urs Meier em janeiro, à AFP. “Objetivo do VAR não é o de melhorar a arbitragem, mas unicamente o de eliminar erros gritantes”.