Em 2015, os diferentes órgãos de polícia criminal fizeram mais de 15 mil escutas, mais 15% do que as realizadas em 2014. A Autoridade Tributária recorre cada vez mais a este meio.
De acordo com o Relatório Anual de Segurança Interna, a que o Correio da Manhã teve acesso, os diversos órgãos de polícia criminal seguiram as conversas telefónicas de 15.441 alvos no ano passado, um aumento em comparação com as 13.353 escutas realizadas em 2014.
O documento, que será apresentado na próxima semana, relata que a entidade que mais escutas faz é a Polícia de Segurança Pública (6.629), seguida pela Polícia Judiciária (5.672) e pela GNR (2.825).
A PSP teve um aumento no recurso a escutas telefónicas: 6.629 em 2015 contra 4.989 em 2014.
A Autoridade Tributária (AT), por sua vez, intensificou o recurso a escutas telefónicas para investigar suspeitas de fraude e evasão fiscal e quase triplicou o número de suspeitos sob escuta, passando de 51 em 2013 para 62 em 2014 e, finalmente, 145 no ano passado.
A maior parte dos suspeitos estavam envolvidos em casos de alegada fraude e de evasão fiscal, e terão estado sob investigação da equipa de Braga – uma parceira privilegiada do procurador Rosário Teixeira -, liderada pelo inspetor Paulo Silva. Até 2014, um dos alvos desta equipa foi José Sócrates.
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) foi o único órgão de polícia criminal que em 2015 não fez mais escutas que no ano anterior.
ZAP