//

Equipa portuguesa faz descoberta que pode travar a doença de Alzheimer

11

(dr) baycrest.org

Uma equipa de investigadores portugueses identificou um novo mecanismo associado aos neurónios envelhecidos que pode abrir uma nova via terapêutica para travar a doença de Alzheimer.

Hoje em dia, há cada vez mais pessoas a viver com a doença de Alzheimer, e apesar de a ciência começar a dar algumas respostas sobre esta condição, ainda há muito que descobrir.

Agora, uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa publicou um artigo na revista Journal of Cell Science onde indica que ao envelhecerem connosco, os neurónios consomem mais uma substância que conduz à perda de sinapses. A mesma substância que está associada à doença de Alzheimer.

A equipa coordenada pela investigadora Cláudia Almeida identificou um “problema de consumo” nos neurónios envelhecidos que pode abrir uma nova via de interferir no desenvolvimento de Alzheimer.

Em busca de uma resposta a equipa observou neurónios de ratos no laboratório, em cultura de células.

“Vimos que tinham acumulação de beta-amilóide ainda numa fase intracelular que precede a formação das placas extracelulares associadas à doença de Alzheimer. E vimos que esses neurónios perdem as sinapses só por envelhecerem em cultura”, refere a investigadora ao jornal Público.

De modo a ligar um fenómeno ao outro, os investigadores bloquearam a produção de beta-amilóide nos neurónios envelhecidos. “Fomos ver o que acontecia às sinapses e ficaram melhores. O número de sinapses aumentou nos neurónios envelhecidos.”

“Para já, o que nós descobrimos foi que os neurónios só por ficarem mais velhos têm um aumento enorme de endocitose da proteína precursora da amilóide (APP)”.

Isto significa que os neurónios mais velhos têm um consumo aumentado de uma proteína específica que depois, no interior das células, produz a beta-amilóide. “Isto pode explicar porque é que o envelhecimento é um fator de risco para a doença de Alzheimer”, confirma Cláudia Almeida.

De acordo com a investigadora, o próximo passo será procurar perceber se este bloqueio consegue reverter o número de sinapses.

ZAP //

Siga o ZAP no Whatsapp

11 Comments

    • Os americanos, porque são excepcionais, estão sempre à frente de toda a gente. Por isso vai-lhes ser difícil explicar serem ultrapassados pelos chineses…

  1. Pois, eu acho que o ZAP tem ordens explícitas para publicar pelo menos semanalmente algum artigo que fale de tratamento e cura do Alzheimer. Com tanto tratamento nem sei como ainda há Alzheimer.

    • Caro leitor,
      Semanalmente ou com outra periodicidade, o ZAP cobre explicitamente qualquer assunto que considere que interessa, importa ou preocupa os seus leitores.
      Quanto a si, esperemos que nunca se esqueça de que fez este comentário.

      • “Quanto a si, esperemos que nunca se esqueça de que fez este comentário.”
        Hahahahaaa… muito bom!!

      • Muito bom porque deseja que contraia Alzheimer alguém que critica (e com razão) o editorial. Acho que sim… Acho até normal que te identifiques com este nível jornalístico, a julgar pelo nível dos teus comentários. Só nos últimos 6 meses são 7 artigos a dizer que o Alzheimer tem tratamento. Só não repara neste exagero quem não anda cá a fazer nada.

      • Caro leitor,
        A crítica em causa não tem razão nenhuma.
        Antes de mais, porque não é o senhor que decide o que o ZAP escreve ou não.
        O que não interessa a uns, interessa a outros.
        Mas mais do que isso.
        Nos últimos 6 meses, o ZAP escreveu 9365 notícias. Destas, 1132 de Ciência&Saúde.
        Das quais 556 especificamente do tema “Saúde”.
        Entre as quais, por exemplo, 31 sobre Cancro.
        E exatamente 8 notícias sobre Alzheimer.
        E 7 notícias sobre Gripe.
        Sim, o ZAP deu um pouco mais de atenção ao Alzheimer do que à Gripe.
        Portanto, se não se apercebeu de que no últimos 6 meses o ZAP escreveu o exagero de 9357 sobre temas diferentes de “Alzheimer” e não lhe agrada o nosso nível jornalístico, não diga que são os outros que não estão aqui a fazer nada.
        Damos este assunto por encerrado.

  2. Mais uma notícia importante sobre uma investigação que procura arduamente soluções para combater esta maldita doença degenerativa que afeta tantas pessoas e que pode afetar qualquer um de nós.

  3. Vai levar ainda muitos e muitos anos para que os Chineses sejam mais avancados que os Americans. Tudo o que os Chineses fazem e Uma Copia dos Americans. Os Americanos ja nao os deixam assistir a algins programas cientificos para que eles os Chineses nao os copiem. Ainda ha muita mais pobreza na China a novel social que nos Estados Unidos.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.