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Equador começa a explorar petróleo na Amazónia (com ecologistas e indígenas em protesto)

(dr) petroamazonas.gob.ec

O Equador começou esta quarta-feira a exploração de petróleo num bloco situado parcialmente no parque amazónico Yasuni, reserva mundial da biosfera, suscitando críticas de ecologistas e defensores dos direitos dos indígenas.

Depois de anos de debate sobre a exploração ou não do petróleo na região, a empresa estatal Petroamazonas começou a bombear óleo do bloco ITT, que conta 1,7 mil milhões dos quatro mil milhões de barris de reservas provadas do país, o membro mais pequeno da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, OPEP.

Hoje começa uma nova era, um novo horizonte petrolífero para todos os equatorianos”, disse à comunicação social o vice-presidente do país, Jorge Glas.

“Atualmente atingimos os 230 mil barris por dia, bem mais do que estava previsto”, acrescentou.

O Presidente do Equador, Rafael Correa, tentou há uns anos uma campanha mundial para fazer compensar, com ajudas externas no montante de 3,6 mil milhões de dólares, a não exploração da jazida, em nome da proteção do ambiente e das limitações dos gases com efeito de estufa.

Mas esta campanha saldou-se por um fracasso e apesar de o país sofrer com a queda das cotações, os trabalhos de perfuração no bloco ITT começaram em março.

O anúncio do início da exploração foi mal acolhido pelos ecologistas: “Os povos isolados e a Natureza vão ficar mais vulneráveis”, comentou à AFP a presidente da organização Ação Ecológica, Esperanza Martinez.

Os estragos são enormes“, sublinhou.

Não obstante, algumas comunidades indígenas apoiam esta nova atividade: “Queremos que continuem a trabalhar aqui, mas também que nos deem mais empregos”, afirmou à AFP Miguel Grefa, um indígena quéchua presente na cerimónia de inauguração.

O equador prevê atingir uma produção de 300 mil barris por dia no bloco ITT até 2022.

/Lusa

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