PJ investiga envelopes com pó para fazer pudim enviados aos órgãos de soberania

A Polícia Judiciária (PJ) está a investigar a origem de várias cartas com um pó branco suspeito no interior de cartas enviadas, esta segunda-feira, a órgãos de soberania portugueses – como à Presidência e ao Parlamento.

Ao longo do dia desta segunda-feira, várias instituições e órgãos de soberania receberam envelopes, sem remetente, de correio verde e selo de Lisboa com um pó branco “suspeito”.

Segundo o Correio da Manhã, os visados foram a Presidência e a Assembleia da República, a presidência do Conselho de Ministros, os ministérios da Administração Interna, Infraestruturas e Habitação, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e ainda alguns serviços do Estado no novo edifício Campus XXI (a nova sede do Governo).

O CM adiantou ainda que o – que as autoridades indicaram ser inofensivo – vinha acompanhado da mesma mensagem em português e “reivindicações pessoais para todos os destinatários”.

De acordo com o Observador, a análise preliminar dos Sapadores de Lisboa concluiu que o pó em causa é pó de pudim para culinária.

A PJ referiu em comunicado que “face aos factos, encontra-se a investigar, em estreita articulação com a Polícia de Segurança Pública (PSP) e a Guarda Nacional Republicana (GNR), a origem dos vários subscritos enviados, com idêntica missiva e conteúdo”.

“A investigação destina-se a identificar a origem e autoria das cartas, bem como a natureza da substância incluída nas mesmas”, adiantou a PJ no comunicado.

A direção nacional da PSP informou também em comunicado que “hoje, pelas 14h40, respondeu a diversas chamadas de remessa de envelopes suspeitos, designadamente para alguns órgãos de soberania e entidades públicas”.

A PSP adiantou que, através do Centro de Inativação de Explosivos e Segurança em Subsolo da Unidade Especial de Polícia e do Comando Metropolitano de Lisboa, “reagiu de imediato com equipas especializadas, treinadas e capacitadas para este tipo de ameaça, tendo tido a colaboração da Guarda Nacional Republicana, da Polícia Judiciária e do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM)”.

Não houve danos materiais nem lesões pessoais a registar, sublinhou a PSP.

ZAP // Lusa

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