Endesa descansa clientes e garante que preços se mantêm “até ao final do ano”

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Comunicação foi endereçada aos clientes esta tarde e surge na sequência das declarações de Nuno Ribeiro da Silva, presidente da Endesa em Portugal.

A Endesa descansou os seus clientes sobre a possibilidade de aumentar os preços do fornecimento de eletricidade, num e-mail assinado pela diretora de mercado residencial e negócios em Portugal, Inês Roque de Mateo. Na mensagem, a empresa afirma que não procederá a essa atualização “até ao final do ano” e que as condições previstas nos contratos “irão manter-se” tal como se estabeleceu no “momento da sua contratação“.

O esclarecimento da empresa surge após as polémicas declarações da empresa em Portugal, Nuno Ribeiro da Silva, nas quais este dava conta da possibilidade de os preços no mercado português poderem subir até 40%, fruto da introdução do mecanismo ibérico para limitar o custo do gás na eletricidade.

Perante a gravidade das declarações – e o impacto que estas teriam na vida dos portugueses caso se efetivassem -, o Ministério do Ambiente reagiu, classificando-as como “alarmistas” e desvalorizando “qualquer justificação no aumento de preços que foi comunicado”.

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos também se pronunciou, esclarecendo que serão sobretudo os clientes industriais a pagar o custo do mecanismo nos meses de junho e julho. Exceção para os clientes, nomeadamente domésticos, que tenham visto os seus contratos renovados a partir de 23 de abril, que podem ser chamados a pagar, o que fará, segundo o Público, com que a base de pagadores vá aumentando até ao término da medida, em maio de 2023.

O caso tornou-se ainda mais mediático, e político, após António Costa ter assinado um despacho que determina que os diversos organismos públicos clientes da Endesa não poderão pagar as respetivas faturas sem que estas sejam validadas por João Galamba, secretário de Estado da Energia.