Os mergulhadores recuperaram hoje um corpo perto do local onde a embarcação de turismo se afundou no rio Danúbio, em Budapeste, depois de uma colisão com um navio, enquanto outro corpo foi encontrado a 100 quilómetros do local.
A agência que lidera as operações de resgate referiu que os mergulhadores húngaros encontraram um corpo na água, durante uma vistoria aos destroços da embarcação que afundou, acabando por ser retirado para a superfície por mergulhadores sul-coreanos, que também estão no local.
Segundo as autoridades, o outro corpo foi encontrado a cerca de 100 quilómetros do local do acidente.
O navio, que realizava uma excursão com 33 turistas sul-coreanos, foi abalroado por outra embarcação de maior porte no Danúbio, na quarta-feira à noite, e acabou por se afundar junto à ponte Margit, perto da catedral de Budapeste. A Coreia do Sul enviou pessoal especializado para ajudar a Hungria nas operações de busca e resgate das vítimas.
Apenas sete das 35 pessoas a bordo, que incluíam 33 sul-coreanos, sobreviveram ao incidente perto do parlamento húngaro. Com os dois corpos encontrados, aumenta para nove o número de mortos, estando ainda 19 pessoas desaparecidas.
O chefe da agência governamental encarregada de coordenar os esforços de busca e resgate, disse que os húngaros e sul-coreanos participam nos mergulhos exploratórios para recuperar qualquer corpo preso nos destroços.
“Vamos fazer tudo, exceto uma coisa — entrar nos destroços do barco é estritamente proibido. É uma manobra que pode ser fatal e isso foi acordado entre todos”, disse Janos Hajdu.
O chefe das operações explicou que os destroços estão localizados a cerca de nove metros de profundidade, sendo esperado que chegue nos próximos dias equipamento que permita retirar a embarcação afundada da água.
O comandante do navio que colidiu com a embarcação de turismo que se afundou no rio Danúbio, foi detido e acusado por um tribunal húngaro, indicaram as autoridades judiciais. De acordo com um porta-voz do Ministério Público de Budapeste, o homem, um ucraniano de 64 anos, foi ouvido em tribunal por suspeita de ter colocado em perigo o transporte fluvial.
A investigação aberta pelas autoridades húngaras procura perceber as circunstâncias em que o navio cruzeiro de 135 metros colidiu com a embarcação de turismo, de 26 metros, durante uma aparente manobra de rotina de saída.
// Lusa