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Encontrado o túmulo de Olímpia, a mãe de Alexandre, o Grande

Musée des Beaux-Arts de Bres

O quadro “Cassandro e Olímpia”, pintado por Jean-Joseph Taillasson.

Uma equipa de arqueólogos identificou o túmulo perdido de Olímpia, a mãe de Alexandre, o Grande. É uma versão em miniatura da sepultura do próprio filho.

Alexandre III, mais conhecido por Alexandre, o Grande, foi rei do antigo reino grego da Macedónia. Aos trinta anos de idade, já tinha criado um dos maiores impérios do mundo, que se estendia da Grécia ao Egito e ao noroeste da Índia. Morreu invicto em batalhas e é considerado um dos comandantes militares mais bem-sucedidos da história.

Reza a história que a sua mãe esteve sempre envolvida em controvérsia. Segundo o historiador Plutarco, Olímpia era arrogante, de índole ciumenta e vingativa, fomentando intrigas entre Alexandre e Filipe, o seu pai.

Existia desconfiança quanto à fidelidade de Olímpia, já que alguns historiadores relatam que Alexandre poderia ser filho do faraó Nectanebo II. Olímpia alegava que Alexandre era filho de Zeus, rei dos deuses, e alguns historiadores sugerem que pode ter havido uma relação incestuosa entre os dois.

Agora, o túmulo perdido de Olímpia foi finalmente encontrado durante escavações no túmulo de Korinos, no norte da Grécia, de acordo com o Ancient-Origins.

A arqueóloga Liana Soulvatzi, que conduziu as escavações no Oásis de Siuá, onde alegava ter sido encontrado o túmulo de Alexandre, o Grande, concorda com as conclusões do estudo, escreve o portal grego Pontos News.

Em 2019, o arqueólogo responsável por esta descoberta, Athanasios Bidas, leu um conjunto de inscrições antigas que o levaram a acreditar que tinha identificado o túmulo de Korinos como a sepultura de Olímpia.

Bidas sugere que o túmulo deve ter pertencido a “uma grande pessoa”, porque era uma versão em miniatura da sepultura do próprio Alexandre, o Grande.

“Na primavera de 316 a.C., após um cerco dramático de sete meses em Pidna, Olímpia, a esposa de Filipe II, rendeu-se a Cassandro, que a julgou como inimiga da pátria num julgamento simulado e não lhe deu o direito testemunhar. Depois, matou-a e enterrou-a longe de Pidna”, explicou Bidas ao Pontos News.

O complexo de sepultamento mede 22 metros de comprimento e as suspeitas do arqueólogo foram um tanto solidificadas quando percebeu que o túmulo estava alinhado de modo que a falecida fosse enterrada com a cabeça para o leste. Este alinhamento indica que a pessoa dentro da sepultura era uma mulher.

“Que pessoa poderia ter um monumento idiossincrático tão grande ser construído senão a mãe de Alexandre, o Grande?”, perguntou o arqueólogo.

Daniel Costa, ZAP //

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