Encontrada sinagoga na aldeia em que nasceu Maria Madalena

Russian Museum / Wikimedia

"Aparição de Cristo a Maria Madalena após a Ressurreição", de Alexander Ivanov.

“Aparição de Cristo a Maria Madalena após a Ressurreição”, de Alexander Ivanov.

Arqueólogos descobriram uma nova sinagoga, com 2 mil anos, na aldeia em que terá nascido Maria Madalena, seguidora de Jesus Cristo.

Uma sinagoga com 2.000 anos foi descoberta no antigo assentamento judaico de Magdala, na Galileia, onde se acredita ter nascido Maria Madalena — descrita no Novo Testamento como uma das seguidoras mais dedicadas de Jesus Cristo.

Este edifício é a segunda sinagoga descoberta em Magdala, salienta o The Jerusalem Post. A primeira foi descoberta em 2009, juntamente com um artefacto único no meio do salão principal: uma grande pedra que retratava o Segundo Templo de Jerusalém.

“A descoberta de uma segunda sinagoga neste assentamento galileu revela pistas sobre a vida social e religiosa dos judeus na área neste período e reflete a necessidade de um edifício dedicado à leitura e estudo da Torá e para encontros sociais”, disse Dina Avshalom-Gorni, uma das responsáveis pelas escavações.

“Podemos imaginar Maria Madalena e a sua família a vir aqui à sinagoga, junto com outros residentes de Magdala, para participar em eventos religiosos e comunitários”, acrescentou.

Maria Madalena acreditava que Jesus Cristo era realmente o Messias. Viajava regularmente com Jesus e esteve presente na sua crucificação e funeral, juntamente com Maria de Nazaré e outras mulheres.

Alguns escritores e estudiosos contemporâneos, principalmente Margaret George, Henry Lincoln, Michael Baigent e Richard Leigh, autores do livro “O Santo Graal e a Linhagem Sagrada” (1982), retratam Maria Madalena como uma apóstola, mulher de Cristo que com ele terá tido filhos.

Estas teorias sugerem que tais factos teriam sido escondidos por cristãos que teriam alterado os Evangelhos. No entanto, a maioria dos teólogos e historiadores negam a sua veracidade.

“O facto de termos encontrado duas sinagogas mostra que os judeus do período do Segundo Templo estavam a procurar um lugar para reuniões religiosas, e talvez também sociais”, salientou o líder do Instituto Zinman, Adi Erlich, citado pelo jornal israelita.

A nova sinagoga foi construída em basalto e calcário, tendo um salão principal e duas outras salas secundárias. Uma delas, segundo os especialistas, pode ter sido usada para armazenar os rolos da Torá.

Daniel Costa, ZAP //

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