Empresas vão pagar apoio para as rendas dos jovens trabalhadores

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António Cotrim / LUSA

António Costa sorri durante debate

As verbas usadas para financiar o mecanismo sairão do Fundo de Compensação do Trabalho, que vai ser extinto em 2023. O apoio destina-se apenas a quem arrenda casa e não abrange quem paga crédito à habitação.

O Fundo de Compensação do Trabalho (FCT) será extinto e parte das suas verbas, que rondam os 500 milhões de euros, vão ser usadas num novo mecanismo do Governo para o apoio às rendas dos jovens trabalhadores.

De acordo com o Jornal de Notícias, esta medida integra o acordo que o Governo assinou com os parceiros sociais (exceto a CGTP), mas não vai ficar fechada a tempo do Orçamento de Estado para 2023, só devendo entrar em vigor depois de 2024.

Isto significa que as empresas que fizeram contribuições de 0,925% dos salários base para o FCT — que financia até 50% das indemnizações quando há despedimentos — vão poder usar parte do dinheiro para apoiar os trabalhadores no pagamento da renda da casa.

O JN também avança que este apoio se destina apenas a quem vive numa casa arrendada, ou seja, quem comprou uma habitação e está a pagar um crédito não pode beneficiar deste mecanismo.

O objetivo da medida é dar mais um apoio aos rendimentos dos trabalhadores, que estão a perder poder de compra devido à inflação, sem se aumentar os encargos das empresas com as subidas dos salários.

O FCT foi criado durante o período da troika, em 2013, e foi uma exigência da UGT, para que atenuar o efeito da diminuição das indemnizações por despedimento. Atualmente, o fundo tem cerca de 585 milhões de euros, de acordo com os dados da Confederação Empresarial de Portugal.

O fundo será extinto a partir de 2023, visto que está prevista a reversão dos cortes nas indemnizações aos trabalhadores despedidos.

ZAP //

6 Comments

  1. Ainda o Ministro estava apresentar e explicar o Orçamento ja a Oposiçao em Peso, a chamada Esquerda com a Extrema direita, incluido o PSD, a criticar o Orçamento, sem a necessaria Apreciaçao e analise, se o Papel da Oposiçao é deitar a baixo, e destruir, que se f*da a Democracia que nao vale nada, muito medo a despesa que se tem com estes Partidos e deputados todos, mais vale irem trabalhar para a lavoura ou para as obras, engraçado que nao ha um deputado fora do missal do partido, se um militante dum partido politico é obrigado a seguir a cartilha, do partido, nao valem mesmo um voto, é o sistema democratico em descrédito.

    • Grande parte do orçamento já era conhecido, antes da apresentação! Provavelmente não seria do conhecimento do fa mas esse é capaz de ser o mesmo motivo que o leva a defender tão avidamente o PS, o desconhecimento e a falta de informação.

  2. Grande parte do orçamento já era conhecido, antes da apresentação! Provavelmente não seria do conhecimento do fa mas esse é capaz de ser o mesmo motivo que o leva a defender tão avidamente o PS, o desconhecimento e a falta de informação.

  3. É de rir. Rendas aumentam 30€ por ano, salários aumentam 0,30€ por ano e depois as empresas vão ter que dar apoios às rendas. E que tal aumentarem os salários, não? Assim já não precisavam destas medidas.

    • O Tiago de economia não percebe nada. Se o governo levasse o seu conselho à risca, posso assegurar-lhe que o aumento salarial que propõe desapareceria, engolido pelo aumento da inflação provocado por esse mesmo aumento salarial. Não vá por aí. Já muitos outros países foram e alguns acabaram com inflações anuais superiores a 1000%. Sabe o que é isso? Algo que custa um euro a 1 de janeiro, custa 1000 euros em 31 de dezembro!

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