Embaixada da Ucrânia em Lisboa recebeu dois envelopes suspeitos

Tiago Petinga / Lusa

A embaixada da Ucrânia em Lisboa recebeu hoje à tarde dois envelopes suspeitos, tendo chamado a PSP que está no local com meios da Unidade Especial de Polícia, disse à Lusa fonte policial.

A embaixada da Ucrânia em Lisboa confirmou à Lusa que chamou a Polícia de Segurança Pública depois de ter identificado “correspondência suspeita”.

A circulação na Avenida das Descobertas, onde se localiza a embaixada da Ucrânia em Lisboa, foi cortada, confirmou a Polícia de Segurança Pública (PSP) ao jornal Público.

“No contexto do reforço das medidas de segurança às instalações diplomáticas, a PSP adotou medidas de segurança, entre as quais o corte temporário da circulação na Avenida das Descobertas”, disse a PSP ao Público, “não tendo apresentado motivos para esta ação”, explicou fonte da PSP.

“A circulação será restabelecida assim que se encontrem reunidas as condições necessárias”, acrescentou a polícia, citada pelo matutino. É ainda pedido aos cidadãos que “sigam as indicações dos Polícias”.

Na semana passada, as autoridades portuguesas reforçaram a proteção da embaixada da Ucrânia em Lisboa e admitem reapreciar o nível de ameaça em Portugal devido aos episódios no nosso país vizinho.

A Unidade de Coordenação Antiterrorismo (UCAT) garante que “está a acompanhar atentamente a situação” e que se encontra em “estreita articulação com os seus parceiros espanhóis, europeus e internacionais”.

Em Espanha já foram detetados seis casos de envelopes com explosivos, sendo que um deles teve o primeiro-ministro como alvo. O primeiro caso foi detetado na embaixada da Ucrânia em Madrid, tendo a explosão feito um ferido.

Entretanto, foi enviada uma carta semelhante para a embaixada dos Estados Unidos. Os investigadores afirmam que as correspondências foram enviadas de dentro de Espanha.

Já foi aberta uma investigação que pretende determinar se estes casos estão ligados à carta que explodiu na embaixada da Ucrânia em Madrid e que feriu um funcionário e a outra carta também à fábrica de armas de Zaragoza Instalaza.

O Tribunal Nacional espanhol indicou que está a investigar o caso na embaixada como um crime de terrorismo e o Ministério do Interior já reforçou a segurança do edifício.

ZAP // Lusa

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