António Pedro Santos / Lusa
O antigo diretor-executivo do SNS, Fernando Araújo
Fernando Araújo foi convidado por Pedro Nuno Santos para ser o candidato do Partido Socialista (PS) à Câmara Municipal do Porto. O partido está a aguardar resposta do ex-diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O antigo diretor-executivo do SNS, Fernando Araújo, ganhou uma sondagem feita pelo PS para perceber quais eram os nomes mais consensuais para recuperar a Câmara do Porto, que foge aos socialistas desde 2002.
Fernando Araújo é o nome mais bem posicionado, surgindo à frente de José Luís Carneiro e Manuel Pizarro (candidato derrotado em 2013 e 2017).
De acordo com o jornal Público, na sequência desta sondagem, Fernando Araújo foi convidado por Pedro Nuno Santos para se candidatar à presidência da autarquia, no próximo ano, aguardando agora resposta do médico.
O mesmo jornal já tinha noticiado, no mês passado, que Pedro Nuno Santos já tinha conversado com o ex-diretor do SNS sobre uma possível candidatura, que estava dependente da sondagem agora conhecida.
No entanto, este sábado, numa entrevista ao matutino e à rádio Renascença, o secretário-geral socialista confirmou que considera Fernando Araújo “um bom candidato”, mas esclareceu que ainda há “vários nomes” em cima da mesa.
Fernando Araújo foi nomeado diretor-executivo do SNS, em 2022, pelo Governo de António Costa, depois de se destacar no combate da pandemia de covid-19, enquanto presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Universitário São João, no Porto.
Mas, como destaca o Público, a ligação institucional do médico ao PS vem de mais de trás. Fernando Araújo foi secretário de Estado adjunto e da Saúde, entre 2015 e 2018.
Fernando Araújo decidiu pedir a demissão de diretor-executivo do SNS, em abril, após a entrada em cena do Governo de Luís Montenegro.
Na origem da demissão terá estado a forma como foi feito pedido de um relatório sobre ao execução da implementação da reforma do SNS (idealizada por Fernando Araújo) pela ministra da Saúde Ana Paula Martins, no início do seu mandato.
O então diretor queixou-se de ter recebido a solicitação por email, ao mesmo tempo que o pedido era noticiado na comunicação social.
