É elefan-tástico rever-te! Estudo revela as formas fofinhas como os elefantes se cumprimentam

Desde abanar as orelhas até certos ruídos, um novo estudo descobriu várias formas caricatas como os elefantes cumprimentam os seus amigos.

Um estudo recente publicado na revista Communications Biology dá novas pistas sobre os complexos comportamentos de comunicação dos elefantes, revelando que estas criaturas majestosas utilizam uma combinação de sons, gestos e, possivelmente, aromas para cumprimentar os seus amigos.

A investigação observou um grupo de nove elefantes semi-selvagens no Zimbabué para examinar os seus comportamentos de saudação. O estudo destaca-se pela sua abordagem na observação dos elefantes, que envolveu separá-los por curtos períodos e depois reuni-los para acompanhar de perto as suas interações.

Os resultados indicam que os elefantes personalizam os seus cumprimentos com base no nível de atenção dos seus pares. Por exemplo, se outro elefante já estava atento, gestos visuais como o bater de orelhas eram mais comuns. Em contrapartida, quando a atenção era menor, a comunicação tátil, como o toque, era preferida. Este comportamento sugere uma estratégia de comunicação deliberada e ponderada entre os elefantes.

Os elefantes são conhecidos pela sua capacidade de comunicar através de sons profundos, inaudíveis para os humanos, que podem viajar longas distâncias e são captados pelas suas grandes orelhas. Possuem também um olfato apurado, que lhes permite detetar à distância pormenores sobre a idade, parentesco e até grupos sociais. No entanto, a sua visão é relativamente fraca quando comparada com a dos humanos.

O que distingue este estudo é o facto de se centrar na comunicação multimodal – a utilização de vários sentidos em simultâneo -, que não foi abordada com tanta seriedade em investigações anteriores. Os elefantes, tal como os humanos, que podem acenar e chamar um amigo, utilizam uma combinação de abanar as orelhas e ruídos baixos, a saudação mais comum documentada no estudo, para comunicar eficazmente.

Os investigadores utilizaram um “índice do vizinho mais próximo” para identificar laços estreitos entre os elefantes, observando quais os que se encontravam frequentemente ao lado uns dos outros, uma técnica informada por controlos regulares efetuados pelos tratadores de elefantes.

O estudo sublinha a intrincada vida social dos elefantes, que, tal como os humanos, formam relações duradouras e comunicam através de um conjunto complexo de sinais que transmitem as suas emoções e intenções.

A longa duração de vida dos elefantes, que pode atingir os 70 anos, contribui para as suas sofisticadas estruturas sociais e estratégias de comunicação, sugerindo que as interações sociais complexas podem conduzir ao desenvolvimento de uma comunicação complexa nos animais.

Adriana Peixoto, ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.