O esqueleto do fóssil deste triceratops está mais de 85% intacto e inclui um crânio e uma coluna vertebral quase completos.
Um Triceratops gigante que morreu há 67 milhões de anos deixou para trás um esqueleto quase completo, que se encontra entre os mais intactos alguma vez encontrado, segundo a Live Science.
Apelidado de “Horridus”, após o nome da espécie (Triceratops horridus), o fóssil, que está cerca de 85% completo, fez a sua estreia pública a 12 de março no Museu de Melbourne, na Austrália, na nova exposição “Triceratops: Destino dos Dinossauros”.
Horridus era um dinossauro herbívoro, ou comedor de plantas, que viveu durante o período Cretáceo (há cerca de 145 a 66 milhões de anos), e cresceu até atingir um tamanho impressionante.
O fóssil contém mais de 260 ossos e pesa mais de 1.000 quilos. Mede quase 7 metros de comprimento e mede mais de 2 metros de altura.
O crânio, que se encontra 98% completo, é inclinado, com dois chifres na testa, e um corno espetado no topo do nariz.
Os folhos do pescoço medem 1,5 m e o crânio pesa cerca de 261 kg. O fóssil foi descoberto em Montana, em 2014, e o Museus Victoria — a organização australiana que opera três museus estatais em Melbourne — adquiriu o espécime em 2020, tendo o museu anunciado a aquisição em dezembro desse ano.
Quando Horridus chegou a Melbourne, estava dividido em pedaços em oito caixas, algumas das quais eram do tamanho de um carro, disseram representantes do museu. Os investigadores mediram, etiquetaram e digitalizaram em 3D cada osso, antes de o esqueleto ser montado para exibição.
Há muitos esqueletos articulados de triceratops expostos em todo o mundo, mas apenas Horridus e alguns outros são feitos de ossos que vieram de um único animal individual, explicou Erich Fitzgerald, curador sénior de paleontologia de vertebrados no Museus Victoria, na Austrália.
“Esta é a Pedra de Rosetta para a compreensão de Triceratops”, disse Fitzgerald na declaração de 2020.
“Este fóssil contém centenas de ossos, incluindo um crânio completo e toda a coluna vertebral, o que nos ajudará a desvendar mistérios sobre a forma como esta espécie viveu há 67 milhões de anos”, relatou Fitzgerald. Na exposição, Horridus encontra-se numa câmara, com projeções a iluminar os seus ossos.
Os cientistas não podem dizer de certeza se Horridus era masculino ou feminino, mas há muito que os investigadores podem aprender com o seu esqueleto quase completo sobre a evolução, biologia e comportamento de triceratops.
“Estar permanentemente alojado no Museu de Melbourne significa que este notável fóssil será acessível à ciência durante gerações“, concluiu Fitzgerald.
É possível ver-se ver Horridus pessoalmente no Museu de Melbourne, mas se for demasiado longe, ainda se pode examinar os ossos do dinossauro gigante através de um modelo digital 3D interativo, no site do museu.